J. K. Rowling pode escrever outros Harry Potter
E aí, quem já leu até o 7 ainda tem fôlego?
Veja aqui.
P.S. Adorei essa foto! Vi o primeiro filme e adorei. Queria que na minha escola tivesse quadribol. Não vi mais nenhum filme e também não li nenhum dos livros. Tenho a impressão de que se eu lesse, gostaria.
sábado, 30 de outubro de 2010
ó aí pra quem curte:
"Amanhecer" será filmado no Brasil em novembro
A filmagem acontecerá no Rio de Janeiro. Gente, e o Rio por acaso é um lugar com cara de que tem vampiro?
#verossimilhança
Que saber mais?
Clique aqui!
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Releitura - Auto da Barca do Inferno
Gente, o prof. Rafael mandou um abração pra todo mundo!
Nós nos encontramos em BH, no encontro de professores de Língua Portuguesa. Lá ele apresentou o projeto de releitura do Auto da Barca do Inferno, produzido por vocês no 2o bimestre. Foi um projeto muito elogiado.
Esse daí é o vídeo de ELE, cadê os outros?
P.S.: Detalhe para o incrível título: "Alto" da barca do inferno. Gente, mais atenção, né? kkkkkkkkkkkk
Nós nos encontramos em BH, no encontro de professores de Língua Portuguesa. Lá ele apresentou o projeto de releitura do Auto da Barca do Inferno, produzido por vocês no 2o bimestre. Foi um projeto muito elogiado.
Esse daí é o vídeo de ELE, cadê os outros?
P.S.: Detalhe para o incrível título: "Alto" da barca do inferno. Gente, mais atenção, né? kkkkkkkkkkkk
Quadrinhos é literatura?
Bom, insipirada pelas discussões em sala, e pelo maravilhoso trabalho do Vinicius (ELE), achei bom trazer essa discussão aqui pro site.
Quem gosta de ler quadrinhos? Quem produz quadrinhos?
É bom lembrar que as histórias contadas em pequenos quadros não se resumem apenas à Turma da Mônica ou Tio Patinhas. Existem diversas formas (cada uma mais fantástica que a outra) de narrar uma história utilizando essa técnica.
Sei que tem uma galera de ELE que gosta de Mangá. Tem também as séries fantásticas da Marvel Comics, pra quem gosta de super-heróis e aventura. Tem as tirinhas, originalmente publicadas nos jornais impressos. Tem narrativas maiores, como Persépolis, de Marjane Satrapi, uma fantástica história que narra, do ponto de vista de uma menina, a tragédia que foi a implantação do regime xiita no Irã.
Dá pra baixar o livro Persépolis aqui . Vale demais a pena ler esse livro!!!
Nona arte: um site bacanérrimo sobre quadrinhos!
E aí, vamo pro debate? Quadrinhos é literatura?
Literatura contemporânea - parte [I]
Antigüidade d’onde viemos
Péricles disse que a maior virtude de uma mulher
Era ficar calada.
Péricles se fodeu.
Péricles, hoje, levaria uma surra
dada por mil mulheres como eu.
Peças de madeira em pau-marfim
A linha dos olhos
faz flechas da cor de futuros
As mãos formam conchas
de pegar contentamentos
Os pés são grandes como
as telas holandesas realistas
O corpo inteiro é um tabuleiro
de jogar jogos de azar
As costas quadriculadas
As coxas quadriculadas
A boca quadriculada
Onde eu me finjo
de dama
Por que esperar o 3o ano pra ler e falar de poesia contemporânea?
Ana Elisa Ribeiro é poeta contemporânea, com três livros publicados. "Poesinha" (1997), "Perversa" (2003) e "Fresta por onde olhar (2008).
Esse último está sendo devorado pelos sedentos leitores da turma de ELE. Depois, vai parar nas mãos dos atentos leitores de MEA e EDI também.
Leia uma minibiografia, escrita pela autora e publicada no Portal Literal:
ELA POR ELA MESMA
Nasci em Belo Horizonte, na madrugada de 27 de agosto de 1975. Sou mineira convicta, mas também não tive muita opção. Todos os impostos absurdos que meu pai pagou foram convertidos em educação estadual, municipal e federal para os quatro filhos, inclusive eu, que me formei em Letras na UFMG, fiz mestrado em Lingüística e vou cursando, sacrificadamente, meu doutorado na mesma área. Mas a faculdade não me fez gostar de literatura mais do que eu já gostava, quando lia em média cem livros por ano durante a adolescência. E não eram infanto-juvenis paradidáticos. Eram aqueles nomes que a literatura conhece e dá aval. Chorei quando li "Germinal" e quando li "Grande Sertão: Veredas", depois, nunca mais. Escrevo para mim desde que ganhei uma agenda do Garfield, em 1986. Em 1993, um namorado leitor me disse que o que eu escrevia não era muito ruim. Publiquei um poema, pela primeira vez, no maior jornal mineiro, em 1994. Gostei do sabor de ver minhas idéias devassadas. Publiquei um primeiro livro, o "Poesinha", em 1997. O segundo livro veio pela Ciência do Acidente, "Perversa", em 2002. Em 2003, produzi a obra-prima da minha vida, o Eduardo, em co-autoria com Jorge Rocha, escritor fluminense e sedutor de escritoras. Desde que o Edu nasceu, venho gestando uns contos, também sob influência da literatura irônica e fina da Ivana Arruda Leite. O próximo livro se chama "Meu Amor é Puro Sangue", a sair pela editora Altana. Os poemas me fugiram, embora, às vezes, me dê uma sensação de formigamento nas mãos. Os minicontos têm sido mais parecidos com as convulsões que me acometem vez ou outra. No momento, estou lendo Ivana Arruda Leite, para refrescar minha memória de mulher.
Péricles disse que a maior virtude de uma mulher
Era ficar calada.
Péricles se fodeu.
Péricles, hoje, levaria uma surra
dada por mil mulheres como eu.
Peças de madeira em pau-marfim
A linha dos olhos
faz flechas da cor de futuros
As mãos formam conchas
de pegar contentamentos
Os pés são grandes como
as telas holandesas realistas
O corpo inteiro é um tabuleiro
de jogar jogos de azar
As costas quadriculadas
As coxas quadriculadas
A boca quadriculada
Onde eu me finjo
de dama
Por que esperar o 3o ano pra ler e falar de poesia contemporânea?
Ana Elisa Ribeiro é poeta contemporânea, com três livros publicados. "Poesinha" (1997), "Perversa" (2003) e "Fresta por onde olhar (2008).
Esse último está sendo devorado pelos sedentos leitores da turma de ELE. Depois, vai parar nas mãos dos atentos leitores de MEA e EDI também.
Leia uma minibiografia, escrita pela autora e publicada no Portal Literal:
ELA POR ELA MESMA
Nasci em Belo Horizonte, na madrugada de 27 de agosto de 1975. Sou mineira convicta, mas também não tive muita opção. Todos os impostos absurdos que meu pai pagou foram convertidos em educação estadual, municipal e federal para os quatro filhos, inclusive eu, que me formei em Letras na UFMG, fiz mestrado em Lingüística e vou cursando, sacrificadamente, meu doutorado na mesma área. Mas a faculdade não me fez gostar de literatura mais do que eu já gostava, quando lia em média cem livros por ano durante a adolescência. E não eram infanto-juvenis paradidáticos. Eram aqueles nomes que a literatura conhece e dá aval. Chorei quando li "Germinal" e quando li "Grande Sertão: Veredas", depois, nunca mais. Escrevo para mim desde que ganhei uma agenda do Garfield, em 1986. Em 1993, um namorado leitor me disse que o que eu escrevia não era muito ruim. Publiquei um poema, pela primeira vez, no maior jornal mineiro, em 1994. Gostei do sabor de ver minhas idéias devassadas. Publiquei um primeiro livro, o "Poesinha", em 1997. O segundo livro veio pela Ciência do Acidente, "Perversa", em 2002. Em 2003, produzi a obra-prima da minha vida, o Eduardo, em co-autoria com Jorge Rocha, escritor fluminense e sedutor de escritoras. Desde que o Edu nasceu, venho gestando uns contos, também sob influência da literatura irônica e fina da Ivana Arruda Leite. O próximo livro se chama "Meu Amor é Puro Sangue", a sair pela editora Altana. Os poemas me fugiram, embora, às vezes, me dê uma sensação de formigamento nas mãos. Os minicontos têm sido mais parecidos com as convulsões que me acometem vez ou outra. No momento, estou lendo Ivana Arruda Leite, para refrescar minha memória de mulher.
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Cânone Literário do CEFET - Curvelo
Pessoal, os gráficos abaixo mostram um pouco do resultado sobre a pergunta:
"Liste até três nomes das melhores obras literárias lidas por você"
Os nomes maiores são so mais citados.
E aí, o que vocês acharam do resultado?
P.S. Sintam-se à vontade para colocar esses gráficos no relatório, ok?
Gostou dos gráficos?
Esse é um jeito super novo de visualizar dados, feito no site Many Eyes. É uma equipe bacaníssima de pesquisadores da IBM, que tem uma brasileira como um de seus integrantes. Chique, né?
"Liste até três nomes das melhores obras literárias lidas por você"
Os nomes maiores são so mais citados.
E aí, o que vocês acharam do resultado?
P.S. Sintam-se à vontade para colocar esses gráficos no relatório, ok?
Gostou dos gráficos?
Esse é um jeito super novo de visualizar dados, feito no site Many Eyes. É uma equipe bacaníssima de pesquisadores da IBM, que tem uma brasileira como um de seus integrantes. Chique, né?
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
O que o jovem de hoje lê?
QUIZ - Literatura Brasileira
Você é daquele que adora testes?
Esse Quiz cai como uma luva no nosso debate atual.
Você conhece os principais personagens da literatura brasileira? Teste seus conhecimentos e veja se você está em dia com a leitura!!!
Ah, não esqueça de postar aqui seu resultado.
[]'s
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Mais vendidos - Veja
Fonte: memoriasdeumadolescente.blogspot.com
É mesmo, Sophia, a Veja separa Ficção, Não-Ficção e Autoajuda
Lista dos livros mais vendidos da Veja
Pensando nas discussões que estamos fazendo em sala, o que dizer dessa lista?
... e o Felipe Neto?
Fonte: Desciclopedia
Gente, as discussões em sala sobre essa figura estão bombando.
Vamos ampliar o debate aqui no blog?
Vi que muitos alunos produziram ótimos textos, que tal postá-los aqui, pra conversa render?
Bota a boca no trombone!
E aí, o cara é bom ou não é?
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Twitter chega à sala de aula como ferramenta para aprender técnica literária
Pessoal, olha que bacana! E aí, quero saber quem é que topa experimentar isso no CEFET/CVO!
Escola usa regra básica do microblog, o limite de 140 caracteres por mensagem, para que alunos desenvolvam narrativa e concisão em minicontos
Alunos do 8ª série do ensino fundamental Talissa Ancona Lopez, Pedro Rubens Oliveira e Davi Yan Schmidt Cunha (à dir.): literatura em microcontos
"O telefone tocou. Seria ele? O que ele queria? Ela já não havia dito que era o fim? Ela atendeu o telefone. Não era ele, era pior." Em apenas 140 caracteres, o permitido para cada post no microblog Twitter, adolescentes aprenderam, em sala de aula, a usar a rede social como plataforma para contar pequenas histórias como essa.
A técnica literária, conhecida como microconto, nanoconto ou miniconto, foi praticada pelos alunos do Colégio Hugo Sarmento no perfil @hs_micro_contos do Twitter.
Para escrever uma história coerente em tão poucas palavras, os estudantes tiveram de ficar atentos à narrativa, à concisão e ao sentido do que era postado, algumas habilidades já dominadas pelos adolescentes, acostumado com a rapidez da internet.
Embora o Twitter seja usado com mais frequência para relatos e comentários do cotidiano, não ficcionais, os microcontos já têm adeptos na rede social. Há perfis totalmente dedicados à técnica e usuários que costumam escrever mini-histórias, como a cantora Rita Lee (@LitaRee_real).
"Cada história precisava ter um começo, meio e fim. Não dava, por exemplo, pra ficar descrevendo o cenário", conta Pedro Rubens Oliveira, de 13 anos, que participou do projeto.
O professor de língua portuguesa do ensino fundamental Tiago Calles, que propôs o exercício na escola, conta que aproveitou os limites de espaço da rede para trabalhar a estrutura da narrativa e as poesias concretas, abordadas em aula, de uma maneira diferente. "O fato de envolver uma outra plataforma interessou os alunos, que se sentiram mais motivados", afirma.
Talissa Ancona Lopes, de 13 anos, conhecia pouco do Twitter antes de usar a plataforma na escola. "Tive um perfil por algum tempo, mas depois excluí", conta. Dona de perfis em outras redes sociais, ela encontrou uma nova utilidade para a rede. "É mais divertido aprender dessa maneira."
A diversão costuma estar associada às redes sociais. Segundo a assessora de tecnologia educacional da Escola Viva, Elizabeth Fantauzzi, os estudantes têm dificuldade para enxergar o Twitter como uma ferramenta de aprendizado. "Para eles, aquilo não pode ser usado em aula, mas é um material muito rico se for aproveitado com um sentido pedagógico", diz.
Tecnologia. Não só a familiaridade com a internet estimulou a exploração do tema em sala de aula, mas também a fluência na linguagem tecnológica dos alunos. Na Escola Viva, estudantes do fundamental fizeram um projeto em que usaram conversas por mensagem de celular para montarem micro-histórias.
"Os adolescentes têm fluência na linguagem digital. Cabe aos professores aproveitar isso e aplicarem em sala de aula", afirma Elizabeth.
A intenção das escolas é transformar a facilidade com a escrita da internet - com seus símbolos e abreviações - em habilidades também nas redações mais acadêmicas. No Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) do ano passado, o desempenho dos estudantes na área de Linguagens e Códigos foi justamente o que mais deixou a desejar. Em nenhum colégio a média de 700 pontos - em uma escala que vai de zero a mil - foi atingida.
ENTREVISTA
"Às vezes duas palavras bastam para expressar um sentimento"
Tiago Calles, professor de língua portuguesa do Colégio Hugo Sarmento
Professor defende que qualidade e criatividade podem ser expressas em textos curtos.
Você tem perfil no twitter?
Não. Tenho e-mail, Orkut, mas achava que precisava encontrar uma maneira mais útil de usar o Twitter antes de criar um perfil. Por isso apresentei os microcontos em sala de aula. Queria avaliar os possíveis usos para a ferramenta.
É possível revelar a personalidade dos autores em textos tão curtos?
Sim. As poesias concretas demonstram isso. Às vezes duas palavras bastam para expressar algum sentimento ou ideia. Eu acho que os adolescentes conseguiram passar um pouco de suas personalidades nos textos que escreveram.
Os alunos podiam usar abreviações nos contos?
Podiam. Por ser um texto literário, eles tinham liberdade para escreverem da maneira que queriam. Curiosamente, nenhum dos textos que recebi tinha essas abreviações usadas na internet.
Fonte: estadao.com.br
Escola usa regra básica do microblog, o limite de 140 caracteres por mensagem, para que alunos desenvolvam narrativa e concisão em minicontos
Alunos do 8ª série do ensino fundamental Talissa Ancona Lopez, Pedro Rubens Oliveira e Davi Yan Schmidt Cunha (à dir.): literatura em microcontos
"O telefone tocou. Seria ele? O que ele queria? Ela já não havia dito que era o fim? Ela atendeu o telefone. Não era ele, era pior." Em apenas 140 caracteres, o permitido para cada post no microblog Twitter, adolescentes aprenderam, em sala de aula, a usar a rede social como plataforma para contar pequenas histórias como essa.
A técnica literária, conhecida como microconto, nanoconto ou miniconto, foi praticada pelos alunos do Colégio Hugo Sarmento no perfil @hs_micro_contos do Twitter.
Para escrever uma história coerente em tão poucas palavras, os estudantes tiveram de ficar atentos à narrativa, à concisão e ao sentido do que era postado, algumas habilidades já dominadas pelos adolescentes, acostumado com a rapidez da internet.
Embora o Twitter seja usado com mais frequência para relatos e comentários do cotidiano, não ficcionais, os microcontos já têm adeptos na rede social. Há perfis totalmente dedicados à técnica e usuários que costumam escrever mini-histórias, como a cantora Rita Lee (@LitaRee_real).
"Cada história precisava ter um começo, meio e fim. Não dava, por exemplo, pra ficar descrevendo o cenário", conta Pedro Rubens Oliveira, de 13 anos, que participou do projeto.
O professor de língua portuguesa do ensino fundamental Tiago Calles, que propôs o exercício na escola, conta que aproveitou os limites de espaço da rede para trabalhar a estrutura da narrativa e as poesias concretas, abordadas em aula, de uma maneira diferente. "O fato de envolver uma outra plataforma interessou os alunos, que se sentiram mais motivados", afirma.
Talissa Ancona Lopes, de 13 anos, conhecia pouco do Twitter antes de usar a plataforma na escola. "Tive um perfil por algum tempo, mas depois excluí", conta. Dona de perfis em outras redes sociais, ela encontrou uma nova utilidade para a rede. "É mais divertido aprender dessa maneira."
A diversão costuma estar associada às redes sociais. Segundo a assessora de tecnologia educacional da Escola Viva, Elizabeth Fantauzzi, os estudantes têm dificuldade para enxergar o Twitter como uma ferramenta de aprendizado. "Para eles, aquilo não pode ser usado em aula, mas é um material muito rico se for aproveitado com um sentido pedagógico", diz.
Tecnologia. Não só a familiaridade com a internet estimulou a exploração do tema em sala de aula, mas também a fluência na linguagem tecnológica dos alunos. Na Escola Viva, estudantes do fundamental fizeram um projeto em que usaram conversas por mensagem de celular para montarem micro-histórias.
"Os adolescentes têm fluência na linguagem digital. Cabe aos professores aproveitar isso e aplicarem em sala de aula", afirma Elizabeth.
A intenção das escolas é transformar a facilidade com a escrita da internet - com seus símbolos e abreviações - em habilidades também nas redações mais acadêmicas. No Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) do ano passado, o desempenho dos estudantes na área de Linguagens e Códigos foi justamente o que mais deixou a desejar. Em nenhum colégio a média de 700 pontos - em uma escala que vai de zero a mil - foi atingida.
ENTREVISTA
"Às vezes duas palavras bastam para expressar um sentimento"
Tiago Calles, professor de língua portuguesa do Colégio Hugo Sarmento
Professor defende que qualidade e criatividade podem ser expressas em textos curtos.
Você tem perfil no twitter?
Não. Tenho e-mail, Orkut, mas achava que precisava encontrar uma maneira mais útil de usar o Twitter antes de criar um perfil. Por isso apresentei os microcontos em sala de aula. Queria avaliar os possíveis usos para a ferramenta.
É possível revelar a personalidade dos autores em textos tão curtos?
Sim. As poesias concretas demonstram isso. Às vezes duas palavras bastam para expressar algum sentimento ou ideia. Eu acho que os adolescentes conseguiram passar um pouco de suas personalidades nos textos que escreveram.
Os alunos podiam usar abreviações nos contos?
Podiam. Por ser um texto literário, eles tinham liberdade para escreverem da maneira que queriam. Curiosamente, nenhum dos textos que recebi tinha essas abreviações usadas na internet.
Fonte: estadao.com.br
domingo, 17 de outubro de 2010
Seção Leitura - Parte III
Essa seção vai em homenagem à Angela (EDI), que diz adorar o Chacal.
Dois poeminhas bem bacaninhas desse poeta marginal.
Primeiro eu quero falar de amor
meu amor se esparrama na grama
Meu amor se esparrama na cama
meu amor se espreguiça
meu amor deita e rola no planeta.
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
Rápido e Rasteiro
Vai ter uma festa
que eu vou dançar
até o sapato pedir pra parar.
aí eu paro
tiro o sapato e danço
o resto da vida.
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
Dois poeminhas bem bacaninhas desse poeta marginal.
Primeiro eu quero falar de amor
meu amor se esparrama na grama
Meu amor se esparrama na cama
meu amor se espreguiça
meu amor deita e rola no planeta.
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
Rápido e Rasteiro
Vai ter uma festa
que eu vou dançar
até o sapato pedir pra parar.
aí eu paro
tiro o sapato e danço
o resto da vida.
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Encontre uma imagem para o poema - I
A tarefa é simples, tá no título. Comente neste post se você encontrar uma imagem bacana que tenha alguma relação de sentido com o poema abaixo:
Balada das dez bailarinas do cassino
Cecília Meireles
Dez bailarinas deslizam
por um chão de espelho.
Têm corpos egípcios com placas douradas,
pálpebras azuis e dedos vermelhos.
Levantam véus brancos, de ingênuos aromas,
e dobram amarelos joelhos.
Andam as dez bailarinas
sem voz, em redor das mesas.
Há mãos sobre facas, dentes sobre flores
e com os charutos toldam as luzes acesas.
Entre a música e a dança escorre
uma sedosa escada de vileza.
As dez bailarinas avançam
como gafanhotos perdidos.
Avançam, recuam, na sala compacta,
empurrando olhares e arranhando o ruído.
Tão nuas se sentem que já vão cobertas
de imaginários, chorosos vestidos.
A dez bailarinas escondem
nos cílios verdes as pupilas.
Em seus quadris fosforescentes,
passa uma faixa de morte tranqüila.
Como quem leva para a terra um filho morto,
levam seu próprio corpo, que baila e cintila.
Os homens gordos olham com um tédio enorme
as dez bailarinas tão frias.
Pobres serpentes sem luxúria,
que são crianças, durante o dia.
Dez anjos anêmicos, de axilas profundas,
embalsamados de melancolia.
Vão perpassando como dez múmias,
as bailarinas fatigadas.
Ramo de nardos inclinando flores
azuis, brancas, verdes, douradas.
Dez mães chorariam, se vissem
as bailarinas de mãos dadas.
(MEIRELLES, Cecilia. Mar Absoluto e outros poemas: Retrato Natural. Rio de Janeiro, Nova Fronteira: 1983.)
(enviada por Rafael)
Balada das dez bailarinas do cassino
Cecília Meireles
Dez bailarinas deslizam
por um chão de espelho.
Têm corpos egípcios com placas douradas,
pálpebras azuis e dedos vermelhos.
Levantam véus brancos, de ingênuos aromas,
e dobram amarelos joelhos.
Andam as dez bailarinas
sem voz, em redor das mesas.
Há mãos sobre facas, dentes sobre flores
e com os charutos toldam as luzes acesas.
Entre a música e a dança escorre
uma sedosa escada de vileza.
As dez bailarinas avançam
como gafanhotos perdidos.
Avançam, recuam, na sala compacta,
empurrando olhares e arranhando o ruído.
Tão nuas se sentem que já vão cobertas
de imaginários, chorosos vestidos.
A dez bailarinas escondem
nos cílios verdes as pupilas.
Em seus quadris fosforescentes,
passa uma faixa de morte tranqüila.
Como quem leva para a terra um filho morto,
levam seu próprio corpo, que baila e cintila.
Os homens gordos olham com um tédio enorme
as dez bailarinas tão frias.
Pobres serpentes sem luxúria,
que são crianças, durante o dia.
Dez anjos anêmicos, de axilas profundas,
embalsamados de melancolia.
Vão perpassando como dez múmias,
as bailarinas fatigadas.
Ramo de nardos inclinando flores
azuis, brancas, verdes, douradas.
Dez mães chorariam, se vissem
as bailarinas de mãos dadas.
(MEIRELLES, Cecilia. Mar Absoluto e outros poemas: Retrato Natural. Rio de Janeiro, Nova Fronteira: 1983.)
(enviada por Rafael)
Seção Leitura - Parte II
Comunidade
Franz Kafka
Somos cinco amigos; uma vez saímos um atrás do outro de uma casa; primeiro veio um e pôs-se junto à entrada, depois veio, ou melhor dito, deslizou-se tão ligeiramente como se desliza uma bolinha de mercúrio, o segundo e se pôs não distante do primeiro, depois o terceiro, depois o quarto, depois o quinto. Finalmente, estávamos todos de pé, em uma linha. A gente fixou-se em nós e assinalando-nos, dizia: os cinco acabam de sair dessa casa. A partir dessa época vivemos juntos, e teríamos uma existência pacífica se um sexto não viesse sempre intrometer-se. Não nos faz nada, mas nos incomoda, o que já é bastante; porque se introduz por fôrça ali onde não é querido? Não o conhecemos e não queremos aceitá-lo. Nós cinco tampouco nos conhecíamos antes e, se quer, tampouco nos conhecemos agora, mas aquilo que entre nós cinco é possível e tolerado, não é nem possível nem tolerado com respeito
àquele sexto.
Além do mais somos cinco e não queremos ser convivência permanente, se entre nós cinco tampouco tem sentido, mas nós estamos já juntos e continuamos juntos, mas não queremos uma nova união, exatamente em razão de nossas experiências. Mas, como ensinar tudo isto ao sexto, pôsto que longas explicações implicariam já em uma aceitação de nosso círculo? É preferível não explicar nada e não o aceitar. Por muito que franza os lábios, afastamo-lo, empurrando-o com o cotovelo, mas por mais que o façamos, volta outra vez.
Franz Kafka
Somos cinco amigos; uma vez saímos um atrás do outro de uma casa; primeiro veio um e pôs-se junto à entrada, depois veio, ou melhor dito, deslizou-se tão ligeiramente como se desliza uma bolinha de mercúrio, o segundo e se pôs não distante do primeiro, depois o terceiro, depois o quarto, depois o quinto. Finalmente, estávamos todos de pé, em uma linha. A gente fixou-se em nós e assinalando-nos, dizia: os cinco acabam de sair dessa casa. A partir dessa época vivemos juntos, e teríamos uma existência pacífica se um sexto não viesse sempre intrometer-se. Não nos faz nada, mas nos incomoda, o que já é bastante; porque se introduz por fôrça ali onde não é querido? Não o conhecemos e não queremos aceitá-lo. Nós cinco tampouco nos conhecíamos antes e, se quer, tampouco nos conhecemos agora, mas aquilo que entre nós cinco é possível e tolerado, não é nem possível nem tolerado com respeito
àquele sexto.
Além do mais somos cinco e não queremos ser convivência permanente, se entre nós cinco tampouco tem sentido, mas nós estamos já juntos e continuamos juntos, mas não queremos uma nova união, exatamente em razão de nossas experiências. Mas, como ensinar tudo isto ao sexto, pôsto que longas explicações implicariam já em uma aceitação de nosso círculo? É preferível não explicar nada e não o aceitar. Por muito que franza os lábios, afastamo-lo, empurrando-o com o cotovelo, mas por mais que o façamos, volta outra vez.
Seção Leitura - Parte I
Amor e humor
Cacaso
(Antônio Carlos Ferreira de Brito)
Happy end
O meu amor e eu
nascemos um para o outro
agora só falta quem nos apresente
Estilos trocados
Meu futuro amor passeia — literalmente — nos
píncaros daquela nuvem.
Mas na hora de levar o tombo adivinha quem cai.
Quem de dentro de si não sai
Vai morrer sem amar ninguém
A parte perguntou para a parte qual delas
é menos parte da parte que se descarte.
Pois pasmem: a parte respondeu para a parte
que a parte que é mais — ou menos — parte
é aquela que se reparte.
Passeio no bosque
o canivete na mão não deixa
marcas no tronco da goiabeira
cicatrizes não se transferem
Os poemas acima foram extraídos do livro "Beijo na boca", Viveiros de Castro Editora (7Letras) — Rio de Janeiro, 2000, páginas diversas.
Cacaso
(Antônio Carlos Ferreira de Brito)
Happy end
O meu amor e eu
nascemos um para o outro
agora só falta quem nos apresente
Estilos trocados
Meu futuro amor passeia — literalmente — nos
píncaros daquela nuvem.
Mas na hora de levar o tombo adivinha quem cai.
Quem de dentro de si não sai
Vai morrer sem amar ninguém
A parte perguntou para a parte qual delas
é menos parte da parte que se descarte.
Pois pasmem: a parte respondeu para a parte
que a parte que é mais — ou menos — parte
é aquela que se reparte.
Passeio no bosque
o canivete na mão não deixa
marcas no tronco da goiabeira
cicatrizes não se transferem
Os poemas acima foram extraídos do livro "Beijo na boca", Viveiros de Castro Editora (7Letras) — Rio de Janeiro, 2000, páginas diversas.
Para Casa
Pessoal, o vídeo do Felipe Neto está bloqueado para incorporações (não dá pra colocar ele aqui), mas é só digitar "Não faz sentido + Crepúsculo" no youtube que o vídeo aparece.
Pros preguiçosos que não copiaram o dever de casa, ei-lo:
1. Assista ao vídeo do Felipe Neto e faça um esquema, destacando:
a) "Ecos" da discussão sobre literatura X mercado X best sellers
b) Críticas do autor à falta de verossimilhança do livro
2. Apesar de ter milhões de acessos no Youtube e muitos fãs, o Felipe Neto não é uma unanimidade: tem muita gente criticando esse cara. Que críticas vocês acham que caberiam de ser feitas em relação a esse vídeo, especificamente?
Pros preguiçosos que não copiaram o dever de casa, ei-lo:
1. Assista ao vídeo do Felipe Neto e faça um esquema, destacando:
a) "Ecos" da discussão sobre literatura X mercado X best sellers
b) Críticas do autor à falta de verossimilhança do livro
2. Apesar de ter milhões de acessos no Youtube e muitos fãs, o Felipe Neto não é uma unanimidade: tem muita gente criticando esse cara. Que críticas vocês acham que caberiam de ser feitas em relação a esse vídeo, especificamente?
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Coletivo Sem Ruído
Quase) um microconto por dia. É esse o objetivo dessa galera, o @semruido, . Eles misturam a cultura do stêncil, nas ruas, com o Twitter. O resultado são narrativas curtíssimas (todas com menos de 140 caracteres, é claro), coladas em pontos estratégicos da cidade de São Paulo e postadas no Twiiter.
Vejam alguns dos microcontos:
62 - Estava a poucos segundos de perder tudo o que tinha conquistado. Tateou seus bolsos em busca da salvação. Game Over. -i
225 - Naquele dia não havia brilho nos olhos. Morreu um pouquinho.-k
39 - Colocou a câmera de lado. Percebeu que só fotografava o que queria esquecer. -i
Bacana, né?
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