Amor e humor
Cacaso
(Antônio Carlos Ferreira de Brito)
Happy end
O meu amor e eu
nascemos um para o outro
agora só falta quem nos apresente
Estilos trocados
Meu futuro amor passeia — literalmente — nos
píncaros daquela nuvem.
Mas na hora de levar o tombo adivinha quem cai.
Quem de dentro de si não sai
Vai morrer sem amar ninguém
A parte perguntou para a parte qual delas
é menos parte da parte que se descarte.
Pois pasmem: a parte respondeu para a parte
que a parte que é mais — ou menos — parte
é aquela que se reparte.
Passeio no bosque
o canivete na mão não deixa
marcas no tronco da goiabeira
cicatrizes não se transferem
Os poemas acima foram extraídos do livro "Beijo na boca", Viveiros de Castro Editora (7Letras) — Rio de Janeiro, 2000, páginas diversas.
Adoro esses poemas! Especialmente pelo tamanho! O do Happy End foi o melhor!
ResponderExcluirEu também ADORO o happy end.
ResponderExcluirLeitura rápida também muito me atrai.
Gosto da beleza sintética das coisas. Escrever assim é uma arte não tão fácil, quanto alguns imaginam. É difícil resumir uma história, uma idéia, em poucas palavras.