segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Barroco X Arcadismo

A discussão sobre a "transição" entre as escolas literárias rendeu! Bacana ver como vocês pegaram mesmo a idéia de que os movimentos literários não são manifestações estanques na história, e que temas, estilos e formas movimentam-se como uma espiral (cf. ANTONIO CANDIDO) ou como uma constelação (cf. BENJAMIM), retomando e reapropriando-se de cada movimento, estética, modo de expressão, de acordo com a tônica do contexto histórico, social, econômico e cultural do período.

Como resultado dessa discussão, alguns alunos da turma de EDI produziram dois poemas. Um com temática e estilo mais árcade, outro mais barroco.

Ei-los:

Minha paz

Encontrei-me de novo
com meu destino.
Nos montes altos onde
reina paz.
Brincam felizes os meninos,
E se divertem com os animais.

Aqui fico tranquilo
Longe do vai e vem.
É um absurdo tudo aquilo,
Tranquilidade lá niguém tem.

Lá pude enriquecer
Mas paz não consegui ter
Aqui desfruto dos meus bens
Ninguém incomoda ninguém.

Autora: Xênia.

Dúvidas

Tu és a salvação
De minha morte em oração
O teu perdão lhe pedirei
Tu perdoastes aos céus irei

Não sei se irei para pleno o pleno céu
Será que irei?
Ou do ardente inferno, desfrutarei?
Se tudo tenho?
Ou pouco quero?
Se quero Deus?
Ou quero ouro?

Se quero plenitude e eternidade
Devo deixar a promiscuidade
Se quero trunfo, enriquecer
Devo ficar parado na imaturidade
Um ser divino?
Ou ser irônico?

Na ironia não sei se devo
Se Deus não quero
Ou quero mesmo?
Ou quero Fogo?
Não nego Fogo!
Mas tenho dúvidas
Quero ou não?
Vou ou não?
Posso ter ou vou querer?
Plenamente, quero e quero.

Quero tudo
Sei que quero
Sei que vivo
Vivo perto
Vivo longe
Questão tosca!
Que quero?

Autora: Mikaella.
Grupo: Mikaella, André, Caroline, Xênia, Jéssica, Cláudia

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