quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Poesia digital - Parte I

Bora mudar de assunto? A gente precisa respirar novos ares, né?

Tem uma coisa que eu curto muito na literatura que é a sua versatilidade com as tecnologias de leitura e de escrita. Da época medieval, quando música e poesia se confundiam e eram divulgadas pela oralidade (lembram disso? matéria do bimestre passado, gente!), passando pelos manuscritos, pelos rolos de papiro, pelos primeiros livros costurados à mão, pela exploração de outros suportes como camisetas, outdors, mimeógrafos, etc., e chegando hoje às tecnologias digitais, os poetas foram adaptando os modos de escrita, as linguagens, os estilos e as formas de fazer circular a sua poesia.

Na internet, existem vários artistas que exploram o que a rede tem de melhor.

Hoje vou indicar dois sites de poesia digital do escritor @samirmesquita. É bacana demais como ele explora principalmente duas questões totalmente atuais: a nossa disposição para ler textos curtos e a linguagem multimídia da rede (imagem, som, animação, links, etc..

O primeiro, "Dois palitos", traz micropoemas que podem ser lidos enquanto um fósforo queima. São poemas curtíssimos que você lê à medida que seleciona os palitos em uma caixa de Fiat Lux.





O outro site, 18:30, faz uma brincadeira ótima com a nocão que temos de tempo e de espaço. Uma foto aérea de um engarrafamento e algumas micro histórias nos revelam cenas cotidianas muito interessantes. É levar a poesia para uma das situações menos "poéticas" do dia a dia: ficar preso no trânsito!



Vale dar uma espiada!
E quem quiser que conte outra!

3 comentários:

  1. Não sei por que mas gostei disso... Acho que é pelo tamanho dos textos. Muito bacana!

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  2. Sim, Rafa, pode ser sim. Mas se os textos não fossem também tão bacanas, talvez nem te chamassem a atenção, né?

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  3. Com certeza não. Criatividade é a alma de tudo isso!

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