Pessoal, vejam só a visão matemática do amor, criada pelo Rômulo (EDI).
"O amor, o que quer que seja, está associado a uma linha/direção, em sentido antagônico com a fé, e ortogonalmente com outras dimensões, também em oposição entre si, que são o lazer e o trabalho/estudo.
Todas estas dimensões apresentam um ponto de equilíbrio, ou seja, um valor igualmente distribuído entre elas, que seria um ponto central, equidistante para estas quatro dimensões, que são: o amor e a fé, o lazer e o trabalho/estudo.
Um ponto equidistante a elementos opostos porém alinhados e também equidistantes a outros dois elementos alinhados e opostos porém em sentido ortogonal aos primeiros, nos leva ao entendimento de um raio de uma circunferência, cujo comprimento expressa o equilíbrio das quatro dimensões presentes no nosso viver.
Porém acontece que na vida, este centro, este ponto de encontro e equilíbrio é móvel dentro da circunferência e muda de indivíduo para indivíduo, demonstrando o quanto ele está mergulhando em uma ou outra dimensão e relegando ou desprezando as demais.
Considerando o exposto, o amor, hoje, sem radicais diferenças do de ontem e provavelmente sem expressivas diferenças do de amanhã, é o resultado da convergência desses quatro elementos, para o escolhemos um ponto de equilíbrio que nos traga a plenitude do viver com saúde bio-psíquica-física e social.
Este conjunto, amor, fé, lazer e trabalho/estudo torna-se o principal amor, o próprio. O que será de qualquer amor se não tivermos primeiro o amor-próprio?"
Doidêra, né?
Apesar da frieza matemática do texto, faz todo o sentido pra mim.
E pra você?
domingo, 21 de novembro de 2010
sábado, 13 de novembro de 2010
Dom Quixote em Paulo Coelho em cartum
Em "90 Livros Clássicos para Apressadinhos" (Galera Record), o cartunista sueco Henrik Lange adapta para a linguagem de quadrinhos, em parceria com o escritor Thomas Wengelewski, obras célebres da literatura, como "O Velho e o Mar", de Hemingway, "Os Três Mosqueteiros", de Dumas, e "Cem Anos de Solidão", de Garcia Márquez.
São, como o próprio título diz, 90 livros em 90 cartuns (um por página, traduzidos e adaptados por Ota), que perdem sua graça se o leitor não conhece a história original. Mas, como os autores mesmo propõem, quem não conhece narrativas como as de "Moby Dick", "Vinte Mil Léguas Submarinas" e "Drácula"?
Notícia retirada do caderno Ilustríssima, da Folha.
você sabe o que é um sketchbook?
quem aí nunca teve um caderninho pra desenhar, rabiscar um poeminha, fazer umas colagens?
então, muitos artistas hoje reúnem suas inpirações em pequenos moleskines ou sketchbooks - um caderno para sketches (“rascunhos”).
a moda começou a pegar mesmo com designers. esses caras curtem registrar o processo criativo, os estudos de cores, formas, fontes, imagens, etc... até chegarem ao resultado final.
a coisa está tão na moda que foi lançado um livro só com páginas de sketchbooks famosos. vale a pena, pelo menos, dar uma folheada nas páginas desse livrinho bacana...
clica aqui pra chegar até a notícia e dar uma espiada nos cadernos loucos de artisas bacanérrimos!
carta a um jovem poeta
Legal! A Folha publicou um trecho desse texto de Reiner Maria Rilke, que já tinha comentado com alguns de vocês.
Acho que todas as dicas, mesmo escritas na virada do XIX pro XX, ainda são muitíssimo atuais, olha só:
"Prezadíssimo Senhor,
Elisa von Randow
[...] Pergunta se os seus versos são bons. Pergunta-o a mim, depois de o ter perguntado a outras pessoas. Manda-os a periódicos, compara-os com outras poesias e inquieta-se quando suas tentativas são recusadas por um ou outro redator. Pois bem - usando da licença que me deu de aconselhá-lo -, peço-lhe que deixe tudo isso. O senhor está olhando para fora, e é justamente o que menos deveria fazer neste momento. Ninguém o pode aconselhar ou ajudar, - ninguém.
Não há senão um caminho. Procure entrar em si mesmo. Investigue o motivo que o manda escrever; examine se estende suas raízes pelos recantos mais profundos de sua alma; confesse a si mesmo: morreria, se lhe fosse vedado escrever? Isto acima de tudo: pergunte a si mesmo na hora mais tranquila de sua noite: "Sou mesmo forçado a escrever?" Escave dentro de si uma resposta profunda. Se for afirmativa, se puder contestar àquela pergunta severa por um forte e simples "sou", então construa sua vida de acordo com essa necessidade. Sua vida, até em sua hora mais indiferente e anódina, deverá tornar-se o sinal e o testemunho de tal pressão.
Aproxime-se então da natureza. Depois procure, como se fosse o primeiro homem, dizer o que vê, vive, ama e perde. Não escreva poesias de amor. Evite de início as formas usuais e demasiado comuns: são essas as mais difíceis, pois precisa-se de uma força grande e amadurecida para produzir algo de pessoal num domínio em que sobram tradições boas, algumas brilhantes.
Eis por que deve fugir dos motivos gerais para aqueles que a sua própria existência cotidiana lhe oferece; relate suas mágoas e seus desejos, seus pensamentos passageiros, sua fé em qualquer beleza - relate tudo isso com íntima e humilde sinceridade. Utilize, para se exprimir, as coisas do seu ambiente, as imagens dos seus sonhos e os objetos de sua lembrança. Se a própria existência cotidiana lhe parecer pobre, não a acuse. Acuse a si mesmo, diga que não é bastante poeta para extrair as suas riquezas. Para o criador, com efeito, não há pobreza nem lugar mesquinho e indiferente.
Mesmo que se encontrasse numa prisão, cujas paredes impedissem todos os ruídos do mundo de chegar aos seus ouvidos, não lhe ficaria sempre a sua infância, esta esplêndida e régia riqueza, esse tesouro de recordações? [...] Se depois dessa volta para dentro, deste ensimesmar-se, brotarem versos, não mais pensará a perguntar a quem for se são bons. Nem tão pouco tentará interessar as revistas por seus trabalhos. [...] Talvez venha significar que o Senhor é chamado a ser artista, Nesse caso, aceite o destino e carregue-o com seu peso e sua grandeza, sem nunca se preocupar com recompensa que possa vir de fora.
[...] Mas talvez se dê o caso de, após essa descida em si mesmo e em seu âmago solitário, ter o Senhor de renunciar a se tornar poeta. (Basta, como já disse, sentir que se poderia viver sem escrever para não mais se ter o direito de fazê-lo.) Mesmo assim, o exame de sua consciência que lhe peço não terá sido inútil. Sua vida, a partir desse momento, há de encontrar caminhos próprios. Que sejam bons, ricos e largos é o que lhe desejo, muito mais do que lhe posso exprimir.[...] Com todo o devotamento e toda a simpatia,
RAINER MARIA RILKE"
Pra acessar a Folha e compartilhar esse link clique aqui!
Acho que todas as dicas, mesmo escritas na virada do XIX pro XX, ainda são muitíssimo atuais, olha só:
"Prezadíssimo Senhor,
Elisa von Randow
[...] Pergunta se os seus versos são bons. Pergunta-o a mim, depois de o ter perguntado a outras pessoas. Manda-os a periódicos, compara-os com outras poesias e inquieta-se quando suas tentativas são recusadas por um ou outro redator. Pois bem - usando da licença que me deu de aconselhá-lo -, peço-lhe que deixe tudo isso. O senhor está olhando para fora, e é justamente o que menos deveria fazer neste momento. Ninguém o pode aconselhar ou ajudar, - ninguém.
Não há senão um caminho. Procure entrar em si mesmo. Investigue o motivo que o manda escrever; examine se estende suas raízes pelos recantos mais profundos de sua alma; confesse a si mesmo: morreria, se lhe fosse vedado escrever? Isto acima de tudo: pergunte a si mesmo na hora mais tranquila de sua noite: "Sou mesmo forçado a escrever?" Escave dentro de si uma resposta profunda. Se for afirmativa, se puder contestar àquela pergunta severa por um forte e simples "sou", então construa sua vida de acordo com essa necessidade. Sua vida, até em sua hora mais indiferente e anódina, deverá tornar-se o sinal e o testemunho de tal pressão.
Aproxime-se então da natureza. Depois procure, como se fosse o primeiro homem, dizer o que vê, vive, ama e perde. Não escreva poesias de amor. Evite de início as formas usuais e demasiado comuns: são essas as mais difíceis, pois precisa-se de uma força grande e amadurecida para produzir algo de pessoal num domínio em que sobram tradições boas, algumas brilhantes.
Eis por que deve fugir dos motivos gerais para aqueles que a sua própria existência cotidiana lhe oferece; relate suas mágoas e seus desejos, seus pensamentos passageiros, sua fé em qualquer beleza - relate tudo isso com íntima e humilde sinceridade. Utilize, para se exprimir, as coisas do seu ambiente, as imagens dos seus sonhos e os objetos de sua lembrança. Se a própria existência cotidiana lhe parecer pobre, não a acuse. Acuse a si mesmo, diga que não é bastante poeta para extrair as suas riquezas. Para o criador, com efeito, não há pobreza nem lugar mesquinho e indiferente.
Mesmo que se encontrasse numa prisão, cujas paredes impedissem todos os ruídos do mundo de chegar aos seus ouvidos, não lhe ficaria sempre a sua infância, esta esplêndida e régia riqueza, esse tesouro de recordações? [...] Se depois dessa volta para dentro, deste ensimesmar-se, brotarem versos, não mais pensará a perguntar a quem for se são bons. Nem tão pouco tentará interessar as revistas por seus trabalhos. [...] Talvez venha significar que o Senhor é chamado a ser artista, Nesse caso, aceite o destino e carregue-o com seu peso e sua grandeza, sem nunca se preocupar com recompensa que possa vir de fora.
[...] Mas talvez se dê o caso de, após essa descida em si mesmo e em seu âmago solitário, ter o Senhor de renunciar a se tornar poeta. (Basta, como já disse, sentir que se poderia viver sem escrever para não mais se ter o direito de fazê-lo.) Mesmo assim, o exame de sua consciência que lhe peço não terá sido inútil. Sua vida, a partir desse momento, há de encontrar caminhos próprios. Que sejam bons, ricos e largos é o que lhe desejo, muito mais do que lhe posso exprimir.[...] Com todo o devotamento e toda a simpatia,
RAINER MARIA RILKE"
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segunda-feira, 8 de novembro de 2010
o que é amor pra você hoje?
falando nisso...
tem um blog bacanérrimo que se chama don't touch my moleskine , e que faz uma ótima série com o nome desse post: "o que é amor pra você hoje?"
a primeira coisa que eu adoro nesse nome é o advérbio "hoje". a gente precisa saber que a nossa idéia de amor muda, e que HOJE ela é muito diferente daquela de quando tínhamos oito anos de idade, e também daquela que teremos aos quarenta, aos sessenta, aos oitenta...
é assim também com a literatura. além dos diferentes "amores" que temos na vida, cada um deles mudará, sem dúvida, ao longo da nossa existência.
escolhi alguns vídeos pra divulgar aqui, mas lá no blog tem mais um monte, vale a pena dar uma passada por lá!
lulina
joão gordo [censurado!!!]
nina becker
bruna surfistinha
marimoon
tem um blog bacanérrimo que se chama don't touch my moleskine , e que faz uma ótima série com o nome desse post: "o que é amor pra você hoje?"
a primeira coisa que eu adoro nesse nome é o advérbio "hoje". a gente precisa saber que a nossa idéia de amor muda, e que HOJE ela é muito diferente daquela de quando tínhamos oito anos de idade, e também daquela que teremos aos quarenta, aos sessenta, aos oitenta...
é assim também com a literatura. além dos diferentes "amores" que temos na vida, cada um deles mudará, sem dúvida, ao longo da nossa existência.
escolhi alguns vídeos pra divulgar aqui, mas lá no blog tem mais um monte, vale a pena dar uma passada por lá!
lulina
joão gordo [censurado!!!]
nina becker
bruna surfistinha
marimoon
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Harry Potter - Concurso relâmpago
Pessoal, é só até amanhã, fiquem ligados!!!
Pra concorrer a dois exemplares (um para cada sorteado)do 7º livro escrito por J.K. Rowling basta clicar aqui, acessar o blog Meia Palavra e comentar o post!
ATENÇÃO!!! O Concurso encerra sexta-feira às 23:59.
Pra concorrer a dois exemplares (um para cada sorteado)do 7º livro escrito por J.K. Rowling basta clicar aqui, acessar o blog Meia Palavra e comentar o post!
ATENÇÃO!!! O Concurso encerra sexta-feira às 23:59.
Simplicidade
Cansei daquele fundo rosinha.
Simplicidade às vezes é bom.
Alguém aí sugere uma outra "cara" pro blog?
Sugestões super bem-vindas pra uma professora momentaneamente sem inspiração!
:0)
Simplicidade às vezes é bom.
Alguém aí sugere uma outra "cara" pro blog?
Sugestões super bem-vindas pra uma professora momentaneamente sem inspiração!
:0)
Frida Kahlo
Já que está todo mundo lendo uma carta de amor da Frida Kahlo para Diego Rivera, seu marido, aproveitei pra postar aqui uma mini-biografia da pintora, bem como algumas de suas obras.
Uma vinda intensa, sofrida, arrebatadora, assim como suas cartas de amor!
Mini Biografia
Fonte: Revista Ciência e Cultura
Frida Kahlo começou a pintar para aliviar a dor. O ano era 1925 e ela queria se distrair durante a longa recuperação de um grave acidente de ônibus que sofrera aos 18 anos de idade. A mais importante pintora mexicana do século XX viveu entre 1907 e 1954, uma existência breve mas intensa. Sua notoriedade extravasou da pintura também para sua vida pessoal, marcada por um forte ideário político. Símbolo do feminismo e da liberdade, ela militou no partido comunista mexicano e viveu um tumultuado casamento de 25 anos com o também artista Diego Rivera. Foi uma trajetória de grande sofrimento físico: Frida passou por mais de 15 cirurgias, algumas experimentais, abortos, mutilações, traumatismos. Para Lúcia Helena Vianna, pesquisadora da Universidade Federal Fluminense (UFF), que estudou o diário da pintora, Frida Kahlo inscreve esse corpo fragilizado em seus escritos e desenhos, mas a dor é sublimada com humor. "Ela tece um elo indestrutível entre vida e obra, com a explícita conexão de tinta e sangue", diz.
______________________________________________________________
Algumas de suas obras:
Raízes - Frida Kahlo
As duas Fridas - Frida Kahlo
10 motivos para ler livros atuais
Oies!
O @DiegoPablinho sugeriu um texto muito bacana, do blog Lendo.org, que tem tudo a ver com nossas discussões sobre cânone e literatura contemporânea.
Mais que depressa entrei em contato com o André Gazola, que organiza esse blog. Em algumas horas veio a resposta positiva para a publicação do texto aqui e, quem sabe, para outras parcerias também.
Coisas desse mundaovirtualdemeudeus, que eu adoro.
Bom, e aí, quem concorda com os 10 motivos para ler livros atuais de André Gazola?
1. Os livros retratam a sociedade em que são escritos. Se você lê um livro escrito hoje, você se sente engajado nos motivos que levaram o autor a escrevê-lo. Você adquire um maior conhecimento do mundo onde vive;
2. Ajudam a melhorar sua qualidade de vida. Eu não falo de auto-ajuda, no sentido pejorativo da palavra. Livros como os e Allan e Barbara Pease (Por que os homens fazem sexo e as mulheres fazem amor? etc.), podem tornar um relacionamento a dois muito mais prazeiroso. Antigamente, não havia esse tipo de preocupação na literatura (não vou entrar na inevitável pergunta: O que é literatura?);
3. Maior conhecimento do que vai ler, ainda antes de começar. Nunca houve tão boa classificação das obras. Se você quer um romance policial, algo sobre espiritismo, budismo, mitologia, história, psicologia, enfim. As próprias capas ajudam na identificação;
4. Preocupação com a forma. Alguns podem achar um ponto falho (com o argumento de que o texto acaba se tornando artificial), mas os livros atuais são revisados e revisados e revisados. Assim, a obra chega ao leitor com a melhor qualidade possível;
5. Valorização como um todo: o livro é uma produção universal. Antigamente, bastava escrever um texto no papel e sair distribuindo. Hoje, os trabalhos de publicação, revisão, editoração, criação da arte e os planos de divulgação fazem parte, diretamente, da produção literária;
6. Você está atualizado. Ora, quem não precisa estar atualizado hoje em dia? É extremamente prazeiroso conversar sobre literatura com alguém, citando Pamuk, Brown, Yalom e outros;
7. Você entende melhor o processo de evolução da literatura, da sociedade, da humanidade. Este item é para quem também lê os clássicos, e eu digo: leia os clássicos. Com a comparação entre as obras, entre os tempos em que foram escritas, fica mais fácil de entender muitos aspectos que levaram ao mundo em que vivemos hoje;
8. Para acadêmicos: busque a intertextualidade. Novamente, comparando os livros clássicos com os atuais, você acaba encontrando aspectos semelhantes, situações em que as obras se relacionam. Em trabalhos acadêmicos, os olhos dos professores brilham ao ver esse tipo de comparação;
9. Os best-sellers são clássicos. Ou será que os clássicos são best-sellers? Entenda que, aquilo que você está lendo hoje, vai continuar por gerações e gerações e poderá um dia se tornar “clássico”, no sentido em que conhecemos. Se você gosta de Shakespeare, Alighieri ou Sófocles que tal ser um dos primeiros a ler um clássico das gerações futuras? Quem não gostaria de ter lido Macbeth, ainda no séc. XVI?;
10. Você aprende a pensar. Esta é quase uma crítica que eu tenho aos clássicos: eles lhe contam uma história, narram alguns conflitos e vão para o desfecho. Alguns livros atuais, como os de Orhan Pamuk, praticamente pedem a sua opinião o tempo todo. Você é convidado a participar da trama, discutir os acontecimentos, dar sua versão dos fatos, PENSAR SOBRE O QUE ACONTECE.
Pra terminar, uma super dica de André Gazola:
"Destaco novamente: leia também os clássicos! Mas não deixe passar a oportunidade de ler as fantásticas obras que estão nas vitrines das livrarias. Vale a pena!"
Vale a pena visitar o Lendo.org, as discussões por lá são sempre muito autais, ricas, interessantíssimas
Valeu pela dica do texto, @DiegoPablinho!
Aproveito pra reforçar que todos podem (E DEVEM) sugerir conteúdo bacana para o blog!!! :-)
O @DiegoPablinho sugeriu um texto muito bacana, do blog Lendo.org, que tem tudo a ver com nossas discussões sobre cânone e literatura contemporânea.
Mais que depressa entrei em contato com o André Gazola, que organiza esse blog. Em algumas horas veio a resposta positiva para a publicação do texto aqui e, quem sabe, para outras parcerias também.
Coisas desse mundaovirtualdemeudeus, que eu adoro.
Bom, e aí, quem concorda com os 10 motivos para ler livros atuais de André Gazola?
1. Os livros retratam a sociedade em que são escritos. Se você lê um livro escrito hoje, você se sente engajado nos motivos que levaram o autor a escrevê-lo. Você adquire um maior conhecimento do mundo onde vive;
2. Ajudam a melhorar sua qualidade de vida. Eu não falo de auto-ajuda, no sentido pejorativo da palavra. Livros como os e Allan e Barbara Pease (Por que os homens fazem sexo e as mulheres fazem amor? etc.), podem tornar um relacionamento a dois muito mais prazeiroso. Antigamente, não havia esse tipo de preocupação na literatura (não vou entrar na inevitável pergunta: O que é literatura?);
3. Maior conhecimento do que vai ler, ainda antes de começar. Nunca houve tão boa classificação das obras. Se você quer um romance policial, algo sobre espiritismo, budismo, mitologia, história, psicologia, enfim. As próprias capas ajudam na identificação;
4. Preocupação com a forma. Alguns podem achar um ponto falho (com o argumento de que o texto acaba se tornando artificial), mas os livros atuais são revisados e revisados e revisados. Assim, a obra chega ao leitor com a melhor qualidade possível;
5. Valorização como um todo: o livro é uma produção universal. Antigamente, bastava escrever um texto no papel e sair distribuindo. Hoje, os trabalhos de publicação, revisão, editoração, criação da arte e os planos de divulgação fazem parte, diretamente, da produção literária;
6. Você está atualizado. Ora, quem não precisa estar atualizado hoje em dia? É extremamente prazeiroso conversar sobre literatura com alguém, citando Pamuk, Brown, Yalom e outros;
7. Você entende melhor o processo de evolução da literatura, da sociedade, da humanidade. Este item é para quem também lê os clássicos, e eu digo: leia os clássicos. Com a comparação entre as obras, entre os tempos em que foram escritas, fica mais fácil de entender muitos aspectos que levaram ao mundo em que vivemos hoje;
8. Para acadêmicos: busque a intertextualidade. Novamente, comparando os livros clássicos com os atuais, você acaba encontrando aspectos semelhantes, situações em que as obras se relacionam. Em trabalhos acadêmicos, os olhos dos professores brilham ao ver esse tipo de comparação;
9. Os best-sellers são clássicos. Ou será que os clássicos são best-sellers? Entenda que, aquilo que você está lendo hoje, vai continuar por gerações e gerações e poderá um dia se tornar “clássico”, no sentido em que conhecemos. Se você gosta de Shakespeare, Alighieri ou Sófocles que tal ser um dos primeiros a ler um clássico das gerações futuras? Quem não gostaria de ter lido Macbeth, ainda no séc. XVI?;
10. Você aprende a pensar. Esta é quase uma crítica que eu tenho aos clássicos: eles lhe contam uma história, narram alguns conflitos e vão para o desfecho. Alguns livros atuais, como os de Orhan Pamuk, praticamente pedem a sua opinião o tempo todo. Você é convidado a participar da trama, discutir os acontecimentos, dar sua versão dos fatos, PENSAR SOBRE O QUE ACONTECE.
Pra terminar, uma super dica de André Gazola:
"Destaco novamente: leia também os clássicos! Mas não deixe passar a oportunidade de ler as fantásticas obras que estão nas vitrines das livrarias. Vale a pena!"
Vale a pena visitar o Lendo.org, as discussões por lá são sempre muito autais, ricas, interessantíssimas
Valeu pela dica do texto, @DiegoPablinho!
Aproveito pra reforçar que todos podem (E DEVEM) sugerir conteúdo bacana para o blog!!! :-)
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Romantismo - textos diversos
Um texto super bacana sobre a presença (ou não) das mulheres na literatura brasileira.
É legal pra ajudar a entender os fatores determinadores do cânone literário brasileiro, fatores esses que selecionaram obras de acordo com o projeto do séc. XIX: buscar elementos para construção da nacionalidade brasileira.
Mais um texto bacana sobre isso é Instinto de Nacionalidade, do Machado de Assis, muito comentado em sala. Para baixá-lo, clique aqui.
P.S.: Todos esses textos também estarão disponíveis na Fenix para xerox, ok?
[]'s
É legal pra ajudar a entender os fatores determinadores do cânone literário brasileiro, fatores esses que selecionaram obras de acordo com o projeto do séc. XIX: buscar elementos para construção da nacionalidade brasileira.
Mais um texto bacana sobre isso é Instinto de Nacionalidade, do Machado de Assis, muito comentado em sala. Para baixá-lo, clique aqui.
P.S.: Todos esses textos também estarão disponíveis na Fenix para xerox, ok?
[]'s
Navio Negreiro - PDF
Gentes,
pra baixar o PDF do poema Navio Negreiro, de Castro Alves, no site Domínio Público, basta clicar aqui.
[]'s
pra baixar o PDF do poema Navio Negreiro, de Castro Alves, no site Domínio Público, basta clicar aqui.
[]'s
Navio Negreiro
Pessoal, vou postar já já um link para vocês baixarem o poema Navio Negreiro, de Castro Alves.
Enquanto isso, vão dando uma olhada nesses vídeos:
Ótimas formas de pensar o contexto que motivou Castro Alves a escrever esse poema emblemático.
Enquanto isso, vão dando uma olhada nesses vídeos:
Ótimas formas de pensar o contexto que motivou Castro Alves a escrever esse poema emblemático.
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
paulo leminski
falamos dele na sala, quando falamos de hai kais. pra mim, é leitura obrigatória. seus textos são demais!
[esta vida é uma viagem]
esta vida é uma viagem
pena eu estar
só de passagem
[carreira solo]
estrela cadente eu olho
o céu partiu
para uma carreira solo
[Por um lindésimo de segundo]
tudo em mim
anda a mil
tudo assim
tudo por um fio
tudo feito
tudo estivesse no cio
tudo pisando macio
tudo psiu
tudo em minha volta
anda às tontas
como se as coisas
fossem todas
afinal de contas
[Incenso fosse música]
isso de querer
ser exatamente aquilo
que a gente é
ainda vai
nos levar além
quer ler mais? dá um google em paulo leminski
[esta vida é uma viagem]
esta vida é uma viagem
pena eu estar
só de passagem
[carreira solo]
estrela cadente eu olho
o céu partiu
para uma carreira solo
[Por um lindésimo de segundo]
tudo em mim
anda a mil
tudo assim
tudo por um fio
tudo feito
tudo estivesse no cio
tudo pisando macio
tudo psiu
tudo em minha volta
anda às tontas
como se as coisas
fossem todas
afinal de contas
[Incenso fosse música]
isso de querer
ser exatamente aquilo
que a gente é
ainda vai
nos levar além
quer ler mais? dá um google em paulo leminski
sábado, 30 de outubro de 2010
mais uma:
J. K. Rowling pode escrever outros Harry Potter
E aí, quem já leu até o 7 ainda tem fôlego?
Veja aqui.
P.S. Adorei essa foto! Vi o primeiro filme e adorei. Queria que na minha escola tivesse quadribol. Não vi mais nenhum filme e também não li nenhum dos livros. Tenho a impressão de que se eu lesse, gostaria.
E aí, quem já leu até o 7 ainda tem fôlego?
Veja aqui.
P.S. Adorei essa foto! Vi o primeiro filme e adorei. Queria que na minha escola tivesse quadribol. Não vi mais nenhum filme e também não li nenhum dos livros. Tenho a impressão de que se eu lesse, gostaria.
ó aí pra quem curte:
"Amanhecer" será filmado no Brasil em novembro
A filmagem acontecerá no Rio de Janeiro. Gente, e o Rio por acaso é um lugar com cara de que tem vampiro?
#verossimilhança
Que saber mais?
Clique aqui!
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Releitura - Auto da Barca do Inferno
Gente, o prof. Rafael mandou um abração pra todo mundo!
Nós nos encontramos em BH, no encontro de professores de Língua Portuguesa. Lá ele apresentou o projeto de releitura do Auto da Barca do Inferno, produzido por vocês no 2o bimestre. Foi um projeto muito elogiado.
Esse daí é o vídeo de ELE, cadê os outros?
P.S.: Detalhe para o incrível título: "Alto" da barca do inferno. Gente, mais atenção, né? kkkkkkkkkkkk
Nós nos encontramos em BH, no encontro de professores de Língua Portuguesa. Lá ele apresentou o projeto de releitura do Auto da Barca do Inferno, produzido por vocês no 2o bimestre. Foi um projeto muito elogiado.
Esse daí é o vídeo de ELE, cadê os outros?
P.S.: Detalhe para o incrível título: "Alto" da barca do inferno. Gente, mais atenção, né? kkkkkkkkkkkk
Quadrinhos é literatura?
Bom, insipirada pelas discussões em sala, e pelo maravilhoso trabalho do Vinicius (ELE), achei bom trazer essa discussão aqui pro site.
Quem gosta de ler quadrinhos? Quem produz quadrinhos?
É bom lembrar que as histórias contadas em pequenos quadros não se resumem apenas à Turma da Mônica ou Tio Patinhas. Existem diversas formas (cada uma mais fantástica que a outra) de narrar uma história utilizando essa técnica.
Sei que tem uma galera de ELE que gosta de Mangá. Tem também as séries fantásticas da Marvel Comics, pra quem gosta de super-heróis e aventura. Tem as tirinhas, originalmente publicadas nos jornais impressos. Tem narrativas maiores, como Persépolis, de Marjane Satrapi, uma fantástica história que narra, do ponto de vista de uma menina, a tragédia que foi a implantação do regime xiita no Irã.
Dá pra baixar o livro Persépolis aqui . Vale demais a pena ler esse livro!!!
Nona arte: um site bacanérrimo sobre quadrinhos!
E aí, vamo pro debate? Quadrinhos é literatura?
Literatura contemporânea - parte [I]
Antigüidade d’onde viemos
Péricles disse que a maior virtude de uma mulher
Era ficar calada.
Péricles se fodeu.
Péricles, hoje, levaria uma surra
dada por mil mulheres como eu.
Peças de madeira em pau-marfim
A linha dos olhos
faz flechas da cor de futuros
As mãos formam conchas
de pegar contentamentos
Os pés são grandes como
as telas holandesas realistas
O corpo inteiro é um tabuleiro
de jogar jogos de azar
As costas quadriculadas
As coxas quadriculadas
A boca quadriculada
Onde eu me finjo
de dama
Por que esperar o 3o ano pra ler e falar de poesia contemporânea?
Ana Elisa Ribeiro é poeta contemporânea, com três livros publicados. "Poesinha" (1997), "Perversa" (2003) e "Fresta por onde olhar (2008).
Esse último está sendo devorado pelos sedentos leitores da turma de ELE. Depois, vai parar nas mãos dos atentos leitores de MEA e EDI também.
Leia uma minibiografia, escrita pela autora e publicada no Portal Literal:
ELA POR ELA MESMA
Nasci em Belo Horizonte, na madrugada de 27 de agosto de 1975. Sou mineira convicta, mas também não tive muita opção. Todos os impostos absurdos que meu pai pagou foram convertidos em educação estadual, municipal e federal para os quatro filhos, inclusive eu, que me formei em Letras na UFMG, fiz mestrado em Lingüística e vou cursando, sacrificadamente, meu doutorado na mesma área. Mas a faculdade não me fez gostar de literatura mais do que eu já gostava, quando lia em média cem livros por ano durante a adolescência. E não eram infanto-juvenis paradidáticos. Eram aqueles nomes que a literatura conhece e dá aval. Chorei quando li "Germinal" e quando li "Grande Sertão: Veredas", depois, nunca mais. Escrevo para mim desde que ganhei uma agenda do Garfield, em 1986. Em 1993, um namorado leitor me disse que o que eu escrevia não era muito ruim. Publiquei um poema, pela primeira vez, no maior jornal mineiro, em 1994. Gostei do sabor de ver minhas idéias devassadas. Publiquei um primeiro livro, o "Poesinha", em 1997. O segundo livro veio pela Ciência do Acidente, "Perversa", em 2002. Em 2003, produzi a obra-prima da minha vida, o Eduardo, em co-autoria com Jorge Rocha, escritor fluminense e sedutor de escritoras. Desde que o Edu nasceu, venho gestando uns contos, também sob influência da literatura irônica e fina da Ivana Arruda Leite. O próximo livro se chama "Meu Amor é Puro Sangue", a sair pela editora Altana. Os poemas me fugiram, embora, às vezes, me dê uma sensação de formigamento nas mãos. Os minicontos têm sido mais parecidos com as convulsões que me acometem vez ou outra. No momento, estou lendo Ivana Arruda Leite, para refrescar minha memória de mulher.
Péricles disse que a maior virtude de uma mulher
Era ficar calada.
Péricles se fodeu.
Péricles, hoje, levaria uma surra
dada por mil mulheres como eu.
Peças de madeira em pau-marfim
A linha dos olhos
faz flechas da cor de futuros
As mãos formam conchas
de pegar contentamentos
Os pés são grandes como
as telas holandesas realistas
O corpo inteiro é um tabuleiro
de jogar jogos de azar
As costas quadriculadas
As coxas quadriculadas
A boca quadriculada
Onde eu me finjo
de dama
Por que esperar o 3o ano pra ler e falar de poesia contemporânea?
Ana Elisa Ribeiro é poeta contemporânea, com três livros publicados. "Poesinha" (1997), "Perversa" (2003) e "Fresta por onde olhar (2008).
Esse último está sendo devorado pelos sedentos leitores da turma de ELE. Depois, vai parar nas mãos dos atentos leitores de MEA e EDI também.
Leia uma minibiografia, escrita pela autora e publicada no Portal Literal:
ELA POR ELA MESMA
Nasci em Belo Horizonte, na madrugada de 27 de agosto de 1975. Sou mineira convicta, mas também não tive muita opção. Todos os impostos absurdos que meu pai pagou foram convertidos em educação estadual, municipal e federal para os quatro filhos, inclusive eu, que me formei em Letras na UFMG, fiz mestrado em Lingüística e vou cursando, sacrificadamente, meu doutorado na mesma área. Mas a faculdade não me fez gostar de literatura mais do que eu já gostava, quando lia em média cem livros por ano durante a adolescência. E não eram infanto-juvenis paradidáticos. Eram aqueles nomes que a literatura conhece e dá aval. Chorei quando li "Germinal" e quando li "Grande Sertão: Veredas", depois, nunca mais. Escrevo para mim desde que ganhei uma agenda do Garfield, em 1986. Em 1993, um namorado leitor me disse que o que eu escrevia não era muito ruim. Publiquei um poema, pela primeira vez, no maior jornal mineiro, em 1994. Gostei do sabor de ver minhas idéias devassadas. Publiquei um primeiro livro, o "Poesinha", em 1997. O segundo livro veio pela Ciência do Acidente, "Perversa", em 2002. Em 2003, produzi a obra-prima da minha vida, o Eduardo, em co-autoria com Jorge Rocha, escritor fluminense e sedutor de escritoras. Desde que o Edu nasceu, venho gestando uns contos, também sob influência da literatura irônica e fina da Ivana Arruda Leite. O próximo livro se chama "Meu Amor é Puro Sangue", a sair pela editora Altana. Os poemas me fugiram, embora, às vezes, me dê uma sensação de formigamento nas mãos. Os minicontos têm sido mais parecidos com as convulsões que me acometem vez ou outra. No momento, estou lendo Ivana Arruda Leite, para refrescar minha memória de mulher.
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Cânone Literário do CEFET - Curvelo
Pessoal, os gráficos abaixo mostram um pouco do resultado sobre a pergunta:
"Liste até três nomes das melhores obras literárias lidas por você"
Os nomes maiores são so mais citados.
E aí, o que vocês acharam do resultado?
P.S. Sintam-se à vontade para colocar esses gráficos no relatório, ok?
Gostou dos gráficos?
Esse é um jeito super novo de visualizar dados, feito no site Many Eyes. É uma equipe bacaníssima de pesquisadores da IBM, que tem uma brasileira como um de seus integrantes. Chique, né?
"Liste até três nomes das melhores obras literárias lidas por você"
Os nomes maiores são so mais citados.
E aí, o que vocês acharam do resultado?
P.S. Sintam-se à vontade para colocar esses gráficos no relatório, ok?
Gostou dos gráficos?
Esse é um jeito super novo de visualizar dados, feito no site Many Eyes. É uma equipe bacaníssima de pesquisadores da IBM, que tem uma brasileira como um de seus integrantes. Chique, né?
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
O que o jovem de hoje lê?
QUIZ - Literatura Brasileira
Você é daquele que adora testes?
Esse Quiz cai como uma luva no nosso debate atual.
Você conhece os principais personagens da literatura brasileira? Teste seus conhecimentos e veja se você está em dia com a leitura!!!
Ah, não esqueça de postar aqui seu resultado.
[]'s
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Mais vendidos - Veja
Fonte: memoriasdeumadolescente.blogspot.com
É mesmo, Sophia, a Veja separa Ficção, Não-Ficção e Autoajuda
Lista dos livros mais vendidos da Veja
Pensando nas discussões que estamos fazendo em sala, o que dizer dessa lista?
... e o Felipe Neto?
Fonte: Desciclopedia
Gente, as discussões em sala sobre essa figura estão bombando.
Vamos ampliar o debate aqui no blog?
Vi que muitos alunos produziram ótimos textos, que tal postá-los aqui, pra conversa render?
Bota a boca no trombone!
E aí, o cara é bom ou não é?
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Twitter chega à sala de aula como ferramenta para aprender técnica literária
Pessoal, olha que bacana! E aí, quero saber quem é que topa experimentar isso no CEFET/CVO!
Escola usa regra básica do microblog, o limite de 140 caracteres por mensagem, para que alunos desenvolvam narrativa e concisão em minicontos
Alunos do 8ª série do ensino fundamental Talissa Ancona Lopez, Pedro Rubens Oliveira e Davi Yan Schmidt Cunha (à dir.): literatura em microcontos
"O telefone tocou. Seria ele? O que ele queria? Ela já não havia dito que era o fim? Ela atendeu o telefone. Não era ele, era pior." Em apenas 140 caracteres, o permitido para cada post no microblog Twitter, adolescentes aprenderam, em sala de aula, a usar a rede social como plataforma para contar pequenas histórias como essa.
A técnica literária, conhecida como microconto, nanoconto ou miniconto, foi praticada pelos alunos do Colégio Hugo Sarmento no perfil @hs_micro_contos do Twitter.
Para escrever uma história coerente em tão poucas palavras, os estudantes tiveram de ficar atentos à narrativa, à concisão e ao sentido do que era postado, algumas habilidades já dominadas pelos adolescentes, acostumado com a rapidez da internet.
Embora o Twitter seja usado com mais frequência para relatos e comentários do cotidiano, não ficcionais, os microcontos já têm adeptos na rede social. Há perfis totalmente dedicados à técnica e usuários que costumam escrever mini-histórias, como a cantora Rita Lee (@LitaRee_real).
"Cada história precisava ter um começo, meio e fim. Não dava, por exemplo, pra ficar descrevendo o cenário", conta Pedro Rubens Oliveira, de 13 anos, que participou do projeto.
O professor de língua portuguesa do ensino fundamental Tiago Calles, que propôs o exercício na escola, conta que aproveitou os limites de espaço da rede para trabalhar a estrutura da narrativa e as poesias concretas, abordadas em aula, de uma maneira diferente. "O fato de envolver uma outra plataforma interessou os alunos, que se sentiram mais motivados", afirma.
Talissa Ancona Lopes, de 13 anos, conhecia pouco do Twitter antes de usar a plataforma na escola. "Tive um perfil por algum tempo, mas depois excluí", conta. Dona de perfis em outras redes sociais, ela encontrou uma nova utilidade para a rede. "É mais divertido aprender dessa maneira."
A diversão costuma estar associada às redes sociais. Segundo a assessora de tecnologia educacional da Escola Viva, Elizabeth Fantauzzi, os estudantes têm dificuldade para enxergar o Twitter como uma ferramenta de aprendizado. "Para eles, aquilo não pode ser usado em aula, mas é um material muito rico se for aproveitado com um sentido pedagógico", diz.
Tecnologia. Não só a familiaridade com a internet estimulou a exploração do tema em sala de aula, mas também a fluência na linguagem tecnológica dos alunos. Na Escola Viva, estudantes do fundamental fizeram um projeto em que usaram conversas por mensagem de celular para montarem micro-histórias.
"Os adolescentes têm fluência na linguagem digital. Cabe aos professores aproveitar isso e aplicarem em sala de aula", afirma Elizabeth.
A intenção das escolas é transformar a facilidade com a escrita da internet - com seus símbolos e abreviações - em habilidades também nas redações mais acadêmicas. No Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) do ano passado, o desempenho dos estudantes na área de Linguagens e Códigos foi justamente o que mais deixou a desejar. Em nenhum colégio a média de 700 pontos - em uma escala que vai de zero a mil - foi atingida.
ENTREVISTA
"Às vezes duas palavras bastam para expressar um sentimento"
Tiago Calles, professor de língua portuguesa do Colégio Hugo Sarmento
Professor defende que qualidade e criatividade podem ser expressas em textos curtos.
Você tem perfil no twitter?
Não. Tenho e-mail, Orkut, mas achava que precisava encontrar uma maneira mais útil de usar o Twitter antes de criar um perfil. Por isso apresentei os microcontos em sala de aula. Queria avaliar os possíveis usos para a ferramenta.
É possível revelar a personalidade dos autores em textos tão curtos?
Sim. As poesias concretas demonstram isso. Às vezes duas palavras bastam para expressar algum sentimento ou ideia. Eu acho que os adolescentes conseguiram passar um pouco de suas personalidades nos textos que escreveram.
Os alunos podiam usar abreviações nos contos?
Podiam. Por ser um texto literário, eles tinham liberdade para escreverem da maneira que queriam. Curiosamente, nenhum dos textos que recebi tinha essas abreviações usadas na internet.
Fonte: estadao.com.br
Escola usa regra básica do microblog, o limite de 140 caracteres por mensagem, para que alunos desenvolvam narrativa e concisão em minicontos
Alunos do 8ª série do ensino fundamental Talissa Ancona Lopez, Pedro Rubens Oliveira e Davi Yan Schmidt Cunha (à dir.): literatura em microcontos
"O telefone tocou. Seria ele? O que ele queria? Ela já não havia dito que era o fim? Ela atendeu o telefone. Não era ele, era pior." Em apenas 140 caracteres, o permitido para cada post no microblog Twitter, adolescentes aprenderam, em sala de aula, a usar a rede social como plataforma para contar pequenas histórias como essa.
A técnica literária, conhecida como microconto, nanoconto ou miniconto, foi praticada pelos alunos do Colégio Hugo Sarmento no perfil @hs_micro_contos do Twitter.
Para escrever uma história coerente em tão poucas palavras, os estudantes tiveram de ficar atentos à narrativa, à concisão e ao sentido do que era postado, algumas habilidades já dominadas pelos adolescentes, acostumado com a rapidez da internet.
Embora o Twitter seja usado com mais frequência para relatos e comentários do cotidiano, não ficcionais, os microcontos já têm adeptos na rede social. Há perfis totalmente dedicados à técnica e usuários que costumam escrever mini-histórias, como a cantora Rita Lee (@LitaRee_real).
"Cada história precisava ter um começo, meio e fim. Não dava, por exemplo, pra ficar descrevendo o cenário", conta Pedro Rubens Oliveira, de 13 anos, que participou do projeto.
O professor de língua portuguesa do ensino fundamental Tiago Calles, que propôs o exercício na escola, conta que aproveitou os limites de espaço da rede para trabalhar a estrutura da narrativa e as poesias concretas, abordadas em aula, de uma maneira diferente. "O fato de envolver uma outra plataforma interessou os alunos, que se sentiram mais motivados", afirma.
Talissa Ancona Lopes, de 13 anos, conhecia pouco do Twitter antes de usar a plataforma na escola. "Tive um perfil por algum tempo, mas depois excluí", conta. Dona de perfis em outras redes sociais, ela encontrou uma nova utilidade para a rede. "É mais divertido aprender dessa maneira."
A diversão costuma estar associada às redes sociais. Segundo a assessora de tecnologia educacional da Escola Viva, Elizabeth Fantauzzi, os estudantes têm dificuldade para enxergar o Twitter como uma ferramenta de aprendizado. "Para eles, aquilo não pode ser usado em aula, mas é um material muito rico se for aproveitado com um sentido pedagógico", diz.
Tecnologia. Não só a familiaridade com a internet estimulou a exploração do tema em sala de aula, mas também a fluência na linguagem tecnológica dos alunos. Na Escola Viva, estudantes do fundamental fizeram um projeto em que usaram conversas por mensagem de celular para montarem micro-histórias.
"Os adolescentes têm fluência na linguagem digital. Cabe aos professores aproveitar isso e aplicarem em sala de aula", afirma Elizabeth.
A intenção das escolas é transformar a facilidade com a escrita da internet - com seus símbolos e abreviações - em habilidades também nas redações mais acadêmicas. No Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) do ano passado, o desempenho dos estudantes na área de Linguagens e Códigos foi justamente o que mais deixou a desejar. Em nenhum colégio a média de 700 pontos - em uma escala que vai de zero a mil - foi atingida.
ENTREVISTA
"Às vezes duas palavras bastam para expressar um sentimento"
Tiago Calles, professor de língua portuguesa do Colégio Hugo Sarmento
Professor defende que qualidade e criatividade podem ser expressas em textos curtos.
Você tem perfil no twitter?
Não. Tenho e-mail, Orkut, mas achava que precisava encontrar uma maneira mais útil de usar o Twitter antes de criar um perfil. Por isso apresentei os microcontos em sala de aula. Queria avaliar os possíveis usos para a ferramenta.
É possível revelar a personalidade dos autores em textos tão curtos?
Sim. As poesias concretas demonstram isso. Às vezes duas palavras bastam para expressar algum sentimento ou ideia. Eu acho que os adolescentes conseguiram passar um pouco de suas personalidades nos textos que escreveram.
Os alunos podiam usar abreviações nos contos?
Podiam. Por ser um texto literário, eles tinham liberdade para escreverem da maneira que queriam. Curiosamente, nenhum dos textos que recebi tinha essas abreviações usadas na internet.
Fonte: estadao.com.br
domingo, 17 de outubro de 2010
Seção Leitura - Parte III
Essa seção vai em homenagem à Angela (EDI), que diz adorar o Chacal.
Dois poeminhas bem bacaninhas desse poeta marginal.
Primeiro eu quero falar de amor
meu amor se esparrama na grama
Meu amor se esparrama na cama
meu amor se espreguiça
meu amor deita e rola no planeta.
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
Rápido e Rasteiro
Vai ter uma festa
que eu vou dançar
até o sapato pedir pra parar.
aí eu paro
tiro o sapato e danço
o resto da vida.
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
Dois poeminhas bem bacaninhas desse poeta marginal.
Primeiro eu quero falar de amor
meu amor se esparrama na grama
Meu amor se esparrama na cama
meu amor se espreguiça
meu amor deita e rola no planeta.
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
Rápido e Rasteiro
Vai ter uma festa
que eu vou dançar
até o sapato pedir pra parar.
aí eu paro
tiro o sapato e danço
o resto da vida.
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Encontre uma imagem para o poema - I
A tarefa é simples, tá no título. Comente neste post se você encontrar uma imagem bacana que tenha alguma relação de sentido com o poema abaixo:
Balada das dez bailarinas do cassino
Cecília Meireles
Dez bailarinas deslizam
por um chão de espelho.
Têm corpos egípcios com placas douradas,
pálpebras azuis e dedos vermelhos.
Levantam véus brancos, de ingênuos aromas,
e dobram amarelos joelhos.
Andam as dez bailarinas
sem voz, em redor das mesas.
Há mãos sobre facas, dentes sobre flores
e com os charutos toldam as luzes acesas.
Entre a música e a dança escorre
uma sedosa escada de vileza.
As dez bailarinas avançam
como gafanhotos perdidos.
Avançam, recuam, na sala compacta,
empurrando olhares e arranhando o ruído.
Tão nuas se sentem que já vão cobertas
de imaginários, chorosos vestidos.
A dez bailarinas escondem
nos cílios verdes as pupilas.
Em seus quadris fosforescentes,
passa uma faixa de morte tranqüila.
Como quem leva para a terra um filho morto,
levam seu próprio corpo, que baila e cintila.
Os homens gordos olham com um tédio enorme
as dez bailarinas tão frias.
Pobres serpentes sem luxúria,
que são crianças, durante o dia.
Dez anjos anêmicos, de axilas profundas,
embalsamados de melancolia.
Vão perpassando como dez múmias,
as bailarinas fatigadas.
Ramo de nardos inclinando flores
azuis, brancas, verdes, douradas.
Dez mães chorariam, se vissem
as bailarinas de mãos dadas.
(MEIRELLES, Cecilia. Mar Absoluto e outros poemas: Retrato Natural. Rio de Janeiro, Nova Fronteira: 1983.)
(enviada por Rafael)
Balada das dez bailarinas do cassino
Cecília Meireles
Dez bailarinas deslizam
por um chão de espelho.
Têm corpos egípcios com placas douradas,
pálpebras azuis e dedos vermelhos.
Levantam véus brancos, de ingênuos aromas,
e dobram amarelos joelhos.
Andam as dez bailarinas
sem voz, em redor das mesas.
Há mãos sobre facas, dentes sobre flores
e com os charutos toldam as luzes acesas.
Entre a música e a dança escorre
uma sedosa escada de vileza.
As dez bailarinas avançam
como gafanhotos perdidos.
Avançam, recuam, na sala compacta,
empurrando olhares e arranhando o ruído.
Tão nuas se sentem que já vão cobertas
de imaginários, chorosos vestidos.
A dez bailarinas escondem
nos cílios verdes as pupilas.
Em seus quadris fosforescentes,
passa uma faixa de morte tranqüila.
Como quem leva para a terra um filho morto,
levam seu próprio corpo, que baila e cintila.
Os homens gordos olham com um tédio enorme
as dez bailarinas tão frias.
Pobres serpentes sem luxúria,
que são crianças, durante o dia.
Dez anjos anêmicos, de axilas profundas,
embalsamados de melancolia.
Vão perpassando como dez múmias,
as bailarinas fatigadas.
Ramo de nardos inclinando flores
azuis, brancas, verdes, douradas.
Dez mães chorariam, se vissem
as bailarinas de mãos dadas.
(MEIRELLES, Cecilia. Mar Absoluto e outros poemas: Retrato Natural. Rio de Janeiro, Nova Fronteira: 1983.)
(enviada por Rafael)
Seção Leitura - Parte II
Comunidade
Franz Kafka
Somos cinco amigos; uma vez saímos um atrás do outro de uma casa; primeiro veio um e pôs-se junto à entrada, depois veio, ou melhor dito, deslizou-se tão ligeiramente como se desliza uma bolinha de mercúrio, o segundo e se pôs não distante do primeiro, depois o terceiro, depois o quarto, depois o quinto. Finalmente, estávamos todos de pé, em uma linha. A gente fixou-se em nós e assinalando-nos, dizia: os cinco acabam de sair dessa casa. A partir dessa época vivemos juntos, e teríamos uma existência pacífica se um sexto não viesse sempre intrometer-se. Não nos faz nada, mas nos incomoda, o que já é bastante; porque se introduz por fôrça ali onde não é querido? Não o conhecemos e não queremos aceitá-lo. Nós cinco tampouco nos conhecíamos antes e, se quer, tampouco nos conhecemos agora, mas aquilo que entre nós cinco é possível e tolerado, não é nem possível nem tolerado com respeito
àquele sexto.
Além do mais somos cinco e não queremos ser convivência permanente, se entre nós cinco tampouco tem sentido, mas nós estamos já juntos e continuamos juntos, mas não queremos uma nova união, exatamente em razão de nossas experiências. Mas, como ensinar tudo isto ao sexto, pôsto que longas explicações implicariam já em uma aceitação de nosso círculo? É preferível não explicar nada e não o aceitar. Por muito que franza os lábios, afastamo-lo, empurrando-o com o cotovelo, mas por mais que o façamos, volta outra vez.
Franz Kafka
Somos cinco amigos; uma vez saímos um atrás do outro de uma casa; primeiro veio um e pôs-se junto à entrada, depois veio, ou melhor dito, deslizou-se tão ligeiramente como se desliza uma bolinha de mercúrio, o segundo e se pôs não distante do primeiro, depois o terceiro, depois o quarto, depois o quinto. Finalmente, estávamos todos de pé, em uma linha. A gente fixou-se em nós e assinalando-nos, dizia: os cinco acabam de sair dessa casa. A partir dessa época vivemos juntos, e teríamos uma existência pacífica se um sexto não viesse sempre intrometer-se. Não nos faz nada, mas nos incomoda, o que já é bastante; porque se introduz por fôrça ali onde não é querido? Não o conhecemos e não queremos aceitá-lo. Nós cinco tampouco nos conhecíamos antes e, se quer, tampouco nos conhecemos agora, mas aquilo que entre nós cinco é possível e tolerado, não é nem possível nem tolerado com respeito
àquele sexto.
Além do mais somos cinco e não queremos ser convivência permanente, se entre nós cinco tampouco tem sentido, mas nós estamos já juntos e continuamos juntos, mas não queremos uma nova união, exatamente em razão de nossas experiências. Mas, como ensinar tudo isto ao sexto, pôsto que longas explicações implicariam já em uma aceitação de nosso círculo? É preferível não explicar nada e não o aceitar. Por muito que franza os lábios, afastamo-lo, empurrando-o com o cotovelo, mas por mais que o façamos, volta outra vez.
Seção Leitura - Parte I
Amor e humor
Cacaso
(Antônio Carlos Ferreira de Brito)
Happy end
O meu amor e eu
nascemos um para o outro
agora só falta quem nos apresente
Estilos trocados
Meu futuro amor passeia — literalmente — nos
píncaros daquela nuvem.
Mas na hora de levar o tombo adivinha quem cai.
Quem de dentro de si não sai
Vai morrer sem amar ninguém
A parte perguntou para a parte qual delas
é menos parte da parte que se descarte.
Pois pasmem: a parte respondeu para a parte
que a parte que é mais — ou menos — parte
é aquela que se reparte.
Passeio no bosque
o canivete na mão não deixa
marcas no tronco da goiabeira
cicatrizes não se transferem
Os poemas acima foram extraídos do livro "Beijo na boca", Viveiros de Castro Editora (7Letras) — Rio de Janeiro, 2000, páginas diversas.
Cacaso
(Antônio Carlos Ferreira de Brito)
Happy end
O meu amor e eu
nascemos um para o outro
agora só falta quem nos apresente
Estilos trocados
Meu futuro amor passeia — literalmente — nos
píncaros daquela nuvem.
Mas na hora de levar o tombo adivinha quem cai.
Quem de dentro de si não sai
Vai morrer sem amar ninguém
A parte perguntou para a parte qual delas
é menos parte da parte que se descarte.
Pois pasmem: a parte respondeu para a parte
que a parte que é mais — ou menos — parte
é aquela que se reparte.
Passeio no bosque
o canivete na mão não deixa
marcas no tronco da goiabeira
cicatrizes não se transferem
Os poemas acima foram extraídos do livro "Beijo na boca", Viveiros de Castro Editora (7Letras) — Rio de Janeiro, 2000, páginas diversas.
Para Casa
Pessoal, o vídeo do Felipe Neto está bloqueado para incorporações (não dá pra colocar ele aqui), mas é só digitar "Não faz sentido + Crepúsculo" no youtube que o vídeo aparece.
Pros preguiçosos que não copiaram o dever de casa, ei-lo:
1. Assista ao vídeo do Felipe Neto e faça um esquema, destacando:
a) "Ecos" da discussão sobre literatura X mercado X best sellers
b) Críticas do autor à falta de verossimilhança do livro
2. Apesar de ter milhões de acessos no Youtube e muitos fãs, o Felipe Neto não é uma unanimidade: tem muita gente criticando esse cara. Que críticas vocês acham que caberiam de ser feitas em relação a esse vídeo, especificamente?
Pros preguiçosos que não copiaram o dever de casa, ei-lo:
1. Assista ao vídeo do Felipe Neto e faça um esquema, destacando:
a) "Ecos" da discussão sobre literatura X mercado X best sellers
b) Críticas do autor à falta de verossimilhança do livro
2. Apesar de ter milhões de acessos no Youtube e muitos fãs, o Felipe Neto não é uma unanimidade: tem muita gente criticando esse cara. Que críticas vocês acham que caberiam de ser feitas em relação a esse vídeo, especificamente?
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Coletivo Sem Ruído
Quase) um microconto por dia. É esse o objetivo dessa galera, o @semruido, . Eles misturam a cultura do stêncil, nas ruas, com o Twitter. O resultado são narrativas curtíssimas (todas com menos de 140 caracteres, é claro), coladas em pontos estratégicos da cidade de São Paulo e postadas no Twiiter.
Vejam alguns dos microcontos:
62 - Estava a poucos segundos de perder tudo o que tinha conquistado. Tateou seus bolsos em busca da salvação. Game Over. -i
225 - Naquele dia não havia brilho nos olhos. Morreu um pouquinho.-k
39 - Colocou a câmera de lado. Percebeu que só fotografava o que queria esquecer. -i
Bacana, né?
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
Poesia digital - Parte I
Bora mudar de assunto? A gente precisa respirar novos ares, né?
Tem uma coisa que eu curto muito na literatura que é a sua versatilidade com as tecnologias de leitura e de escrita. Da época medieval, quando música e poesia se confundiam e eram divulgadas pela oralidade (lembram disso? matéria do bimestre passado, gente!), passando pelos manuscritos, pelos rolos de papiro, pelos primeiros livros costurados à mão, pela exploração de outros suportes como camisetas, outdors, mimeógrafos, etc., e chegando hoje às tecnologias digitais, os poetas foram adaptando os modos de escrita, as linguagens, os estilos e as formas de fazer circular a sua poesia.
Na internet, existem vários artistas que exploram o que a rede tem de melhor.
Hoje vou indicar dois sites de poesia digital do escritor @samirmesquita. É bacana demais como ele explora principalmente duas questões totalmente atuais: a nossa disposição para ler textos curtos e a linguagem multimídia da rede (imagem, som, animação, links, etc..
O primeiro, "Dois palitos", traz micropoemas que podem ser lidos enquanto um fósforo queima. São poemas curtíssimos que você lê à medida que seleciona os palitos em uma caixa de Fiat Lux.
O outro site, 18:30, faz uma brincadeira ótima com a nocão que temos de tempo e de espaço. Uma foto aérea de um engarrafamento e algumas micro histórias nos revelam cenas cotidianas muito interessantes. É levar a poesia para uma das situações menos "poéticas" do dia a dia: ficar preso no trânsito!
Vale dar uma espiada!
E quem quiser que conte outra!
Tem uma coisa que eu curto muito na literatura que é a sua versatilidade com as tecnologias de leitura e de escrita. Da época medieval, quando música e poesia se confundiam e eram divulgadas pela oralidade (lembram disso? matéria do bimestre passado, gente!), passando pelos manuscritos, pelos rolos de papiro, pelos primeiros livros costurados à mão, pela exploração de outros suportes como camisetas, outdors, mimeógrafos, etc., e chegando hoje às tecnologias digitais, os poetas foram adaptando os modos de escrita, as linguagens, os estilos e as formas de fazer circular a sua poesia.
Na internet, existem vários artistas que exploram o que a rede tem de melhor.
Hoje vou indicar dois sites de poesia digital do escritor @samirmesquita. É bacana demais como ele explora principalmente duas questões totalmente atuais: a nossa disposição para ler textos curtos e a linguagem multimídia da rede (imagem, som, animação, links, etc..
O primeiro, "Dois palitos", traz micropoemas que podem ser lidos enquanto um fósforo queima. São poemas curtíssimos que você lê à medida que seleciona os palitos em uma caixa de Fiat Lux.
O outro site, 18:30, faz uma brincadeira ótima com a nocão que temos de tempo e de espaço. Uma foto aérea de um engarrafamento e algumas micro histórias nos revelam cenas cotidianas muito interessantes. É levar a poesia para uma das situações menos "poéticas" do dia a dia: ficar preso no trânsito!
Vale dar uma espiada!
E quem quiser que conte outra!
Caravaggio está na moda!*
Reconhecem a imagem acima de algum lugar?
Sim, é uma releitura do quadro de Caravaggio, pintor que conhecemos bem de nossas aulas nesse 4o bimestre.
A obra é parte de um ensaio inspirado na obra do pintor barroco, e reproduz cenas que simulam diversas obras do artista. A idéia, segundo texto da revista Zupi, é defender uma estética bem diferente da modinha Justin Bieber, muito praticada hoje. O bom-mocismo não tem vez: nada de homens de barba feita, cabelo impecável e carinha de bebê. Segundo os fotógrafos, é como se “Clube da Luta se encontrasse com a Contra-Reforma”.
"É claro que no século XVII não havia editoriais de moda. Mas, se houvesse, provavelmente se pareceriam com este.", diz o texto da Zupi.
Pra ver mais fotos desse ensaio, clique aqui!
* Post bacanérrimo sugerido pelo @LuizRigotto, de MEA!
Quão barroco você é?
Taí o resultado da nossa primeira enquete: "Quão barroco você é?"
O grande vencedor, com 55% dos votos, foi o perfil "Minha filosofia de vida é: aproveite o dia, porque a noite já que chega!"
Acho que já discutimos bastante sobre esse tema, que na verdade não é tipicamente barroco: está presente em vários momentos da literatura. Também é um tema bastante discutido em outras áreas e provoca muita reflexão ainda hoje.
Esse é um vídeo de 1999, produzido quanto todo mundo estava pensando na virada do milênio e essas questões existencialistas estavam totalmente na moda. Vale a pena assistir, tem passagens muito interessantes, apesar de um tom meio "american way of life".
Use filtro solar!
Aproveitando mais uma vez essa deixa, indico um texto super bacana selecionado pelo grupo do Rômulo (EDI) para o seminário. Boa leitura!
Em segundo lugar, com 25% dos votos, ficou o tema: "Adoro acessórios para me vestir e combinações esdrúxulas como xadrez, florais e correntes."
Pra essa galera, indico um texto super bacana e pocket sobre a relação da moda e da cultura.
Outra dica é pesquisar a biografia de Luís XIV de Bourbon, rei da França no séc. XVII. Figura totalmente controversa, gastava seu tempo tempo declarando guerras, distruibindo alimentos podres para os cidadãos de Paris e seduzindo mulheres que esperam que ele se apaixone por elas e as faça rainhas. No quesito "moda barroca", o rei Luis XIV é "o cara".
Ah, Leonardo Di Caprio faz o papel de Luis XIV no cinema, no filme "O homem da máscara de ferro". Apesar dos milhões de erros de referências históricas do filme, vale a pena assisti-lo, só pelo figurino.
Empatados em terceiro lugar, com 10% dos votos cada um, os temas "Vivo em um eterno conflito com minhas escolhas, morro de inveja daqueles que são objetivos nas suas decisões." e "Não passo um dia sem zoar com a cara de alguém. Parece que nasci pra isso."
Pra galera dos conflitos, indico um teste básico, pra vcs começarem a focar um pouco mais algumas questões, pelo menos em relação à vida profissional.
Pros adeptos da zoação um site que todo mundo deve conhecer, mas que vale a pena voltar nele aqui: o charges.com. Mais um exemplo de crítica de bom gosto e com propriedade!
E aí, qual será a próxima enquete? Sugestões são super bem-vindas!!!
O grande vencedor, com 55% dos votos, foi o perfil "Minha filosofia de vida é: aproveite o dia, porque a noite já que chega!"
Acho que já discutimos bastante sobre esse tema, que na verdade não é tipicamente barroco: está presente em vários momentos da literatura. Também é um tema bastante discutido em outras áreas e provoca muita reflexão ainda hoje.
Esse é um vídeo de 1999, produzido quanto todo mundo estava pensando na virada do milênio e essas questões existencialistas estavam totalmente na moda. Vale a pena assistir, tem passagens muito interessantes, apesar de um tom meio "american way of life".
Use filtro solar!
Aproveitando mais uma vez essa deixa, indico um texto super bacana selecionado pelo grupo do Rômulo (EDI) para o seminário. Boa leitura!
Em segundo lugar, com 25% dos votos, ficou o tema: "Adoro acessórios para me vestir e combinações esdrúxulas como xadrez, florais e correntes."
Pra essa galera, indico um texto super bacana e pocket sobre a relação da moda e da cultura.
Outra dica é pesquisar a biografia de Luís XIV de Bourbon, rei da França no séc. XVII. Figura totalmente controversa, gastava seu tempo tempo declarando guerras, distruibindo alimentos podres para os cidadãos de Paris e seduzindo mulheres que esperam que ele se apaixone por elas e as faça rainhas. No quesito "moda barroca", o rei Luis XIV é "o cara".
Ah, Leonardo Di Caprio faz o papel de Luis XIV no cinema, no filme "O homem da máscara de ferro". Apesar dos milhões de erros de referências históricas do filme, vale a pena assisti-lo, só pelo figurino.
Empatados em terceiro lugar, com 10% dos votos cada um, os temas "Vivo em um eterno conflito com minhas escolhas, morro de inveja daqueles que são objetivos nas suas decisões." e "Não passo um dia sem zoar com a cara de alguém. Parece que nasci pra isso."
Pra galera dos conflitos, indico um teste básico, pra vcs começarem a focar um pouco mais algumas questões, pelo menos em relação à vida profissional.
Pros adeptos da zoação um site que todo mundo deve conhecer, mas que vale a pena voltar nele aqui: o charges.com. Mais um exemplo de crítica de bom gosto e com propriedade!
E aí, qual será a próxima enquete? Sugestões são super bem-vindas!!!
domingo, 26 de setembro de 2010
Cinema e História
sábado, 25 de setembro de 2010
Cá entre nós, Carpe diem!
O Stephan (EDI 1A) ficou tão empolgado com o tema do Carpe Diem que fez até um blog sobre o tema.
Não deixem de dar uma espiada, gente!
Esse foi um dos temas que rendeu ótimas discussões na sala.
Sim, "colher o dia" é uma idéia positiva, poética, muito bacana mesmo, mas hoje tem sido explorada de forma muito negativa pela mídia e por aqueles que tem interesses no consumo desenfreado (assim como nos lembrou a Bianca (ELE 1A) na apresentação do seu seminário.
Até o caso Bruno foi citado como exemplo de como a idéia de "viver o momento" pode ser negativa e trazer graves consequências para aquelas pessoas que não pensam muito no dia de amanhã.
E aí, cá entre nós, como você planeja o seu futuro? Já parou pra pensar que ele pode ser daqui a pouco?
Cá entre nós, Carpe diem !:
Não deixem de dar uma espiada, gente!
Esse foi um dos temas que rendeu ótimas discussões na sala.
Sim, "colher o dia" é uma idéia positiva, poética, muito bacana mesmo, mas hoje tem sido explorada de forma muito negativa pela mídia e por aqueles que tem interesses no consumo desenfreado (assim como nos lembrou a Bianca (ELE 1A) na apresentação do seu seminário.
Até o caso Bruno foi citado como exemplo de como a idéia de "viver o momento" pode ser negativa e trazer graves consequências para aquelas pessoas que não pensam muito no dia de amanhã.
E aí, cá entre nós, como você planeja o seu futuro? Já parou pra pensar que ele pode ser daqui a pouco?
Cá entre nós, Carpe diem !:
A "poça d'água" da Nathália
Essa tá boa pro Arapiraca: na leitura do quadro "São Paulo", de Jiusepe Ribera, na sala de aula, nossa querida e criativa aluna Nathália (EDI)viu uma poça d'água ao lado no santo.
Poizé. Tá certo que a gente vive falando mesmo que ninguém lê um texto da mesma forma, que o texto literário e as artes plásticas permitem ao leitor/expectador diversas leituras, e tal... mas há um limite aí, né?
Imagina se todo mundo lesse literalmente a placa "Pare fora da pista"? Acho que ia ter muita gente despencando de pirambeiras!!!
Aqui a questão é de perspectiva (noção que vem da ótica, daí a Física, o Arapiraca...), uma técnica que os pintores barrocos começam a explorar bastante e que funciona muito bem nesse quadro. E tal "poça" é na verdade a saída da carvena onde está São Paulo, esperando a morte chegar, observando a caverna, com o que restou de seu corpo material. Vida e morte, luz e escuridão... clássicos dualismos barrocos.
... mas a Nathália ainda jura que é uma poça d'água.
Ai ai...
Poizé. Tá certo que a gente vive falando mesmo que ninguém lê um texto da mesma forma, que o texto literário e as artes plásticas permitem ao leitor/expectador diversas leituras, e tal... mas há um limite aí, né?
Imagina se todo mundo lesse literalmente a placa "Pare fora da pista"? Acho que ia ter muita gente despencando de pirambeiras!!!
Aqui a questão é de perspectiva (noção que vem da ótica, daí a Física, o Arapiraca...), uma técnica que os pintores barrocos começam a explorar bastante e que funciona muito bem nesse quadro. E tal "poça" é na verdade a saída da carvena onde está São Paulo, esperando a morte chegar, observando a caverna, com o que restou de seu corpo material. Vida e morte, luz e escuridão... clássicos dualismos barrocos.
... mas a Nathália ainda jura que é uma poça d'água.
Ai ai...
Slides - 02 - Nacionalidade e poesia épica no século XVIII
Oie!
Este link leva aos slides sobre as duas poesias épicas vistas em sala: Uraguai e Caramuru.
Abaixo, as duas cenas do filme "Caramuru, a invenção do Brasil", vistas em sala:
Este link leva aos slides sobre as duas poesias épicas vistas em sala: Uraguai e Caramuru.
Abaixo, as duas cenas do filme "Caramuru, a invenção do Brasil", vistas em sala:
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
Pretexto
Ah, esqueci de falar.
O post anterior foi um belo pretexto pra eu contar pra vocês que a professora de Português também gosta de ver o mundo enquadrado. Hã?
Ela tira foto, gente!!!
Então, quem animar, dá uma olhadinha nas fotinhas que ela já andou fazendo aqui no Flickr!.
Fotografia, moda e poesia
Lembram quando comentei com vocês sobre a moda, e sobre como ela também é um sintoma de que a cultura e os temas preferidos da humanidade sempre são retomados, tanto na literatura quanto em outras formas de expressão artística?
Poizé. Eu adoro falar e saber de moda. Não dessa moda fútil do consumo desenfreado, não da moda imposta, das modinhas efêmeras que todo mundo copia, não da moda que o artista está usando na novela.
Falo da moda-arte mesmo, daquela que diz sobre a pessoa, que também nos faz diferentes uns dos outros, que é confortável e alegre, que deixa a vida mais colorida.
Pensando nisso, indico um blog bacanérrimo que sempre seleciona fotos lindíssimas de editoriais de moda antigos. As fotos em si já são uma beleza, mas a autora capricha um pouco mais e "colore" as fotos com literatura da boa.
Pensando bem, ainda não sei se as fotos colorem os poemas ou os poemas colorem as fotos. Mas acho que não importa: a questão é que eu adoro esse blog e queria compartilhá-lo com vocês!
Se pá, passem lá no blog Voltas!
Bjs bjs bjs.
Sophia em Brasília!
Pessoal, a aluna Sophia, da turma de Edificações, foi selecionada para apresentar um de seus contos no Festival de Arte e Cultura da rede federal de educação profissional, em Brasília!
Convoco a todos para apoiá-la e torcer muito, porque com certeza ela merece.
O texto é realmente muito bacana, tem personalidade, estilo, é literatura da boa.
O prof. Arapiraca o já havia postado em seu blog, mas vale a pena lê-lo de novo.
Para quem não leu, é hora de apreciar.
Um sangue viscoso e laranja
Por Sophia Sales,
Curvelo - MG
Soa a sirene... O turno acabou.
Ando desesperado, tremendamente apressado para chegar em casa.
Como dói a labuta do pão-nosso de cada dia.
E por falar em pão, tudo que agora quero é um pão.
Pão-cheiroso, pão-gostoso, pão-mineiro, pão-de-queijo!
A boca saliva na espera desse doce aquecimento.
Tudo em vão.
Abro a porta.
Meus olhos não querem crê no que vêem.
Meu Deus! Lá está ela, chorando lágrimas de sangue.
Como? Por que? Queria eu saber.
É tudo muito estranho ...
Um sangue viscoso e laranja desce como cachoeira viva.
Quanta angústia.
Quero logo saber o que se passa, e de maneira sem graça pergunto:
- Que aconteceu minha querida?
Nem o silêncio responde.
Posso ouvir até o barulho das lágrimas, mas tudo permanece em completo silêncio.
Entro então em completo desespero.
Onde estou afinal? Em casa? Em um bosque?
Trepida loucura!
Onde está você agora minha querida... Não a vejo mais....
Sinto, porém suas lágrimas de sangue sobre o meu corpo.
Vejo tudo imantando em mim. O sangue que corre na pele escoa veias adentro.
Mágica simbiose.
E pela primeira vez me sinto inteiro: corpo e alma.
Vou me desfazendo, espalhando pelo chão esse novo ser, vitalizado.
Despedaçando, instilando desejos e sonhos para que nasça novamente, entre um turno e outro, um novo sangue viscoso e laranja.
Ah! A cor púrpura é meu bem querer.
Até amanhã.
Convoco a todos para apoiá-la e torcer muito, porque com certeza ela merece.
O texto é realmente muito bacana, tem personalidade, estilo, é literatura da boa.
O prof. Arapiraca o já havia postado em seu blog, mas vale a pena lê-lo de novo.
Para quem não leu, é hora de apreciar.
Um sangue viscoso e laranja
Por Sophia Sales,
Curvelo - MG
Soa a sirene... O turno acabou.
Ando desesperado, tremendamente apressado para chegar em casa.
Como dói a labuta do pão-nosso de cada dia.
E por falar em pão, tudo que agora quero é um pão.
Pão-cheiroso, pão-gostoso, pão-mineiro, pão-de-queijo!
A boca saliva na espera desse doce aquecimento.
Tudo em vão.
Abro a porta.
Meus olhos não querem crê no que vêem.
Meu Deus! Lá está ela, chorando lágrimas de sangue.
Como? Por que? Queria eu saber.
É tudo muito estranho ...
Um sangue viscoso e laranja desce como cachoeira viva.
Quanta angústia.
Quero logo saber o que se passa, e de maneira sem graça pergunto:
- Que aconteceu minha querida?
Nem o silêncio responde.
Posso ouvir até o barulho das lágrimas, mas tudo permanece em completo silêncio.
Entro então em completo desespero.
Onde estou afinal? Em casa? Em um bosque?
Trepida loucura!
Onde está você agora minha querida... Não a vejo mais....
Sinto, porém suas lágrimas de sangue sobre o meu corpo.
Vejo tudo imantando em mim. O sangue que corre na pele escoa veias adentro.
Mágica simbiose.
E pela primeira vez me sinto inteiro: corpo e alma.
Vou me desfazendo, espalhando pelo chão esse novo ser, vitalizado.
Despedaçando, instilando desejos e sonhos para que nasça novamente, entre um turno e outro, um novo sangue viscoso e laranja.
Ah! A cor púrpura é meu bem querer.
Até amanhã.
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Um blog bem bacana
Quando crescer, quero fazer um blog que nem o dessa professora. Muita discussão bacana, temas atuais e uma linguagem super divertida.
O blog se chama Literarizando, da professora Bianca Campello. Não tenho muitas informações sobre ela, mas rola pesquisar e,quem sabe, propor até um diálogo, uma troca de figurinhas.
Bom, a figurinha que escolhi dela pra mostrar pra vocês é esse post sobre o tema "Carpe Diem". É legal como ela faz uma ótima demonstração de que certos temas, por mais que sejam atribuídos a uma ou outra escola literária, se fazem presentes em vários momentos, em diferentes estilos, em diversos autores.
Bacana pra entender a tal visão de Cândido sobre a literatura em espiral, ou a de Benjamim sobre as constelações:
Clique aqui e aproveite o dia!
O blog se chama Literarizando, da professora Bianca Campello. Não tenho muitas informações sobre ela, mas rola pesquisar e,quem sabe, propor até um diálogo, uma troca de figurinhas.
Bom, a figurinha que escolhi dela pra mostrar pra vocês é esse post sobre o tema "Carpe Diem". É legal como ela faz uma ótima demonstração de que certos temas, por mais que sejam atribuídos a uma ou outra escola literária, se fazem presentes em vários momentos, em diferentes estilos, em diversos autores.
Bacana pra entender a tal visão de Cândido sobre a literatura em espiral, ou a de Benjamim sobre as constelações:
Clique aqui e aproveite o dia!
Carpe Diem!
Uma paradinha pra ver essa cena clássica do filme "Sociedade dos Poetas Mortos", que explora de um jeito super bacana o tema do "Carpe Diem".
Aproveite o dia!!!
Aproveite o dia!!!
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
Orientações para preparação e apresentação do Seminário
Pessoal, vocês receberão uma cópia impressa dessas orientações, mas já estou me adiantando: sigam esse roteiro para preparar suas apresentações, ele pode ajudar, ok?
Orientações para preparação e apresentação do Seminário
Basta clicar no link e baixar!
Bjos!
Orientações para preparação e apresentação do Seminário
Basta clicar no link e baixar!
Bjos!
Seminário - orientações por grupo
Pessoal, aqui estão as orientações para cada grupo. Qualquer dúvida é só dizer, ok?
Orientações Gerais
Tema 01: Retórica e argumentação
Tema 02: Sátira: criticando com propriedade
Tema 03: Metáforas: estratégias de linguagem ou forma de organização do pensamento?
Tema 04: Aproveite o dia! (Carpe Diem)
Tema 05: Écoglas, Idílios, Odes e Elegias na música contemporânea
Tema 06: Vamos fugir? O escapismo na literatura
Bom trabalho a todos, :-)
Orientações Gerais
Tema 01: Retórica e argumentação
Tema 02: Sátira: criticando com propriedade
Tema 03: Metáforas: estratégias de linguagem ou forma de organização do pensamento?
Tema 04: Aproveite o dia! (Carpe Diem)
Tema 05: Écoglas, Idílios, Odes e Elegias na música contemporânea
Tema 06: Vamos fugir? O escapismo na literatura
Bom trabalho a todos, :-)
Professora, o que é ... [III] BUCÓLICO?
"Bucólico" é um adjetivo muito ligado à estética Árcade e ao "fingimento poético" burguês que retoma temáticas clássicas para se diferenciar do estilo Barroco.
No dicionário Houaiss encontramos as seguintes definições:
bucólico adj. (sXVI) 1 relativo aos pastores de qualquer tipo de rebanho e seus animais 2 relativo à vida e aos costumes do campo; campestre 2 p.ext. relativo à natureza, à vida natural 4 fig. sem malícia, puro, ingênuo 5 p.ext. que tem graça, gracioso 6 p.ext. que ama o campo e a natureza
É muito comum associar o bucolismo apenas à estética Árcade, mas esse estilo já era praticado pelos clássicos gregos. Na lenda grega, a Arcádia era um lugar dominado pelo deus Pan e habitada por pastores que, vivendo de modo simples e espontâneo, se divertiam cantando, fazendo disputas poéticas e celebrando o amor.
Se pensarmos na necessidade de reflexão que o mundo contemporâneo nos tem imposto, é possível dizer que um pouco da proposta árcade é hoje totalmente atual. Com todas as discussões sobre a exploração desenfreada dos recursos naturais, a gente precisa mesmo voltar a pensar em como levar uma vida mais simples, menos consumista.
Tem um texto super bacana sobre isso aqui, vale a pena demais lê-lo!
No dicionário Houaiss encontramos as seguintes definições:
bucólico adj. (sXVI) 1 relativo aos pastores de qualquer tipo de rebanho e seus animais 2 relativo à vida e aos costumes do campo; campestre 2 p.ext. relativo à natureza, à vida natural 4 fig. sem malícia, puro, ingênuo 5 p.ext. que tem graça, gracioso 6 p.ext. que ama o campo e a natureza
É muito comum associar o bucolismo apenas à estética Árcade, mas esse estilo já era praticado pelos clássicos gregos. Na lenda grega, a Arcádia era um lugar dominado pelo deus Pan e habitada por pastores que, vivendo de modo simples e espontâneo, se divertiam cantando, fazendo disputas poéticas e celebrando o amor.
Se pensarmos na necessidade de reflexão que o mundo contemporâneo nos tem imposto, é possível dizer que um pouco da proposta árcade é hoje totalmente atual. Com todas as discussões sobre a exploração desenfreada dos recursos naturais, a gente precisa mesmo voltar a pensar em como levar uma vida mais simples, menos consumista.
Tem um texto super bacana sobre isso aqui, vale a pena demais lê-lo!
Barroco X Arcadismo
A discussão sobre a "transição" entre as escolas literárias rendeu! Bacana ver como vocês pegaram mesmo a idéia de que os movimentos literários não são manifestações estanques na história, e que temas, estilos e formas movimentam-se como uma espiral (cf. ANTONIO CANDIDO) ou como uma constelação (cf. BENJAMIM), retomando e reapropriando-se de cada movimento, estética, modo de expressão, de acordo com a tônica do contexto histórico, social, econômico e cultural do período.
Como resultado dessa discussão, alguns alunos da turma de EDI produziram dois poemas. Um com temática e estilo mais árcade, outro mais barroco.
Ei-los:
Minha paz
Encontrei-me de novo
com meu destino.
Nos montes altos onde
reina paz.
Brincam felizes os meninos,
E se divertem com os animais.
Aqui fico tranquilo
Longe do vai e vem.
É um absurdo tudo aquilo,
Tranquilidade lá niguém tem.
Lá pude enriquecer
Mas paz não consegui ter
Aqui desfruto dos meus bens
Ninguém incomoda ninguém.
Autora: Xênia.
Dúvidas
Tu és a salvação
De minha morte em oração
O teu perdão lhe pedirei
Tu perdoastes aos céus irei
Não sei se irei para pleno o pleno céu
Será que irei?
Ou do ardente inferno, desfrutarei?
Se tudo tenho?
Ou pouco quero?
Se quero Deus?
Ou quero ouro?
Se quero plenitude e eternidade
Devo deixar a promiscuidade
Se quero trunfo, enriquecer
Devo ficar parado na imaturidade
Um ser divino?
Ou ser irônico?
Na ironia não sei se devo
Se Deus não quero
Ou quero mesmo?
Ou quero Fogo?
Não nego Fogo!
Mas tenho dúvidas
Quero ou não?
Vou ou não?
Posso ter ou vou querer?
Plenamente, quero e quero.
Quero tudo
Sei que quero
Sei que vivo
Vivo perto
Vivo longe
Questão tosca!
Que quero?
Autora: Mikaella.
Grupo: Mikaella, André, Caroline, Xênia, Jéssica, Cláudia
Como resultado dessa discussão, alguns alunos da turma de EDI produziram dois poemas. Um com temática e estilo mais árcade, outro mais barroco.
Ei-los:
Minha paz
Encontrei-me de novo
com meu destino.
Nos montes altos onde
reina paz.
Brincam felizes os meninos,
E se divertem com os animais.
Aqui fico tranquilo
Longe do vai e vem.
É um absurdo tudo aquilo,
Tranquilidade lá niguém tem.
Lá pude enriquecer
Mas paz não consegui ter
Aqui desfruto dos meus bens
Ninguém incomoda ninguém.
Autora: Xênia.
Dúvidas
Tu és a salvação
De minha morte em oração
O teu perdão lhe pedirei
Tu perdoastes aos céus irei
Não sei se irei para pleno o pleno céu
Será que irei?
Ou do ardente inferno, desfrutarei?
Se tudo tenho?
Ou pouco quero?
Se quero Deus?
Ou quero ouro?
Se quero plenitude e eternidade
Devo deixar a promiscuidade
Se quero trunfo, enriquecer
Devo ficar parado na imaturidade
Um ser divino?
Ou ser irônico?
Na ironia não sei se devo
Se Deus não quero
Ou quero mesmo?
Ou quero Fogo?
Não nego Fogo!
Mas tenho dúvidas
Quero ou não?
Vou ou não?
Posso ter ou vou querer?
Plenamente, quero e quero.
Quero tudo
Sei que quero
Sei que vivo
Vivo perto
Vivo longe
Questão tosca!
Que quero?
Autora: Mikaella.
Grupo: Mikaella, André, Caroline, Xênia, Jéssica, Cláudia
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Camões, o amor e suas versões
Todo mundo conhece esse soneto de Camões, altamente lido, parodiado, parafraseado:
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;
É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?
Uma das versões mais conhecidas é a música do Legião Urbana
O Leandro F. Pires, do 1o ano de Eletrotécnica, também fez a sua versão, vejam só:
Amor é fogo que desmaia ao te ver
Amor é fogo que desmaia ao te ver
É o veneno que faz meu coração morrer
Teu olhar que aterroriza minha mente
É um contentamento descontente
É um não querer pra não te ver
É um acostumar a te olhar
Pra não mais assustar
E cuidar que se ganha em te perder
É estar preso contra minha vontade
É perder minha liberdade
É servir à feúra
Mas como podes causar pavor
Nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é um horror?
E aí, curtiram?
Conhecem outras paródias desse soneto?
Seria bacana divulgar aqui, né? Heim? Heim?
Tamo esperando!
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;
É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?
Uma das versões mais conhecidas é a música do Legião Urbana
O Leandro F. Pires, do 1o ano de Eletrotécnica, também fez a sua versão, vejam só:
Amor é fogo que desmaia ao te ver
Amor é fogo que desmaia ao te ver
É o veneno que faz meu coração morrer
Teu olhar que aterroriza minha mente
É um contentamento descontente
É um não querer pra não te ver
É um acostumar a te olhar
Pra não mais assustar
E cuidar que se ganha em te perder
É estar preso contra minha vontade
É perder minha liberdade
É servir à feúra
Mas como podes causar pavor
Nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é um horror?
E aí, curtiram?
Conhecem outras paródias desse soneto?
Seria bacana divulgar aqui, né? Heim? Heim?
Tamo esperando!
Por dentro do Barroco - uma viagem multimídia
Perambulando na rede à procura de material para nossas aulas, encontrei um site bacanérrimo, produzido pelo Itaú Cultural, sobre o Barroco e alguns de seus artistas mais expressivos.
Focando principalmente nas artes plásticas, com mais atenção ao Aleijadinho, fala do Barroco no Brasil mas também destaca esse período na Espanha, em Portugual e em outros países da Europa.
Vale a pena conhecer o site, principalmente por sua apresentação gráfica e visual. O conteúdo não foge muito do que vemos por aí em termos de material didático, já que também não sai do eixo ibérico (Portugal e Espanha, né gente...).
Bacana também é a linha do tempo que ele apresenta, as músicas barrocas que ambientam toda a navegação e as imagens, muito ricas e de muito bom gosto.
Boa leitura e boa viagem, :-)
http://www.itaucultural.org.br/barroco/abertura.html
Focando principalmente nas artes plásticas, com mais atenção ao Aleijadinho, fala do Barroco no Brasil mas também destaca esse período na Espanha, em Portugual e em outros países da Europa.
Vale a pena conhecer o site, principalmente por sua apresentação gráfica e visual. O conteúdo não foge muito do que vemos por aí em termos de material didático, já que também não sai do eixo ibérico (Portugal e Espanha, né gente...).
Bacana também é a linha do tempo que ele apresenta, as músicas barrocas que ambientam toda a navegação e as imagens, muito ricas e de muito bom gosto.
Boa leitura e boa viagem, :-)
http://www.itaucultural.org.br/barroco/abertura.html
Documentos para baixar!
Pessoal,
atendendo a pedidos, fiz uma conta no 4shared para que vocês possam baixar os documentos, além de somente consultá-los ou imprimi-los.
Aí vai o link para
1. Lista de exercícios do 3o bimestre
2. Slides 01 - Introdução ao Barroco
3. Slides 02 - Barroco nas artes plásticas e arquitetura
Bom proveito!
[]'s
atendendo a pedidos, fiz uma conta no 4shared para que vocês possam baixar os documentos, além de somente consultá-los ou imprimi-los.
Aí vai o link para
1. Lista de exercícios do 3o bimestre
2. Slides 01 - Introdução ao Barroco
3. Slides 02 - Barroco nas artes plásticas e arquitetura
Bom proveito!
[]'s
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
Slides - 02 - Barroco, artes plásticas e arquitetura
Pessoal,
eis o link pros slides da aula sobre manifestações barrocas na pintura, na escultura e na arquitetura.
http://www.scribd.com/doc/36811869/Aula-02-Barroco-e-Artes-Plasticas
Pra ser mais rápido, você pode apenas clicar aqui
Ah, sugiro a todo mundo pesquisar mais sobre os autores citados na apresentação, tem muita coisa bacana sobre eles nesse mundaovirtualdemeudeus!
Bjs,
Ana Elisa
eis o link pros slides da aula sobre manifestações barrocas na pintura, na escultura e na arquitetura.
http://www.scribd.com/doc/36811869/Aula-02-Barroco-e-Artes-Plasticas
Pra ser mais rápido, você pode apenas clicar aqui
Ah, sugiro a todo mundo pesquisar mais sobre os autores citados na apresentação, tem muita coisa bacana sobre eles nesse mundaovirtualdemeudeus!
Bjs,
Ana Elisa
terça-feira, 31 de agosto de 2010
Professora, o que é ... [II] MÓRBIDO?
Poizé, tem muitos jeitos de se entender o que é algo mórbido, vamos começar pela própria literatura, com um famoso poema de Manoel Bandeira:
O BICHO
VI ONTEM um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.
Agora vamos ao que nos diz nosso querido dicionário
MÓRBIDO Sin. Doente, enfermo; enervante; entermiço, doentio, malsão, morbífico, patológico: Pela própria receptividade mórbida do espírito torturado de reveses (E. Cunha).
FONTE: FERNANDES, Francisco. Dicionário de sinônimos e anônimos da Língua Portuguesa. São Paulo: Globo, 1991.
Por último, conheçam a obra da artista plástica britânica Jessica Harrison, ganhadora de diversos prêmios e com exposições-solo bem sucedidas. Ela faz das pequenas esculturas de louça uma peça com apelo mórbido e chocante.
FONTE: Site da Revisa ZUPI, uma das coisas boas dessa vida que vale a pena conhecer. Depois a gente fala mais sobre a Zupi aqui, prometo.
O BICHO
VI ONTEM um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.
Agora vamos ao que nos diz nosso querido dicionário
MÓRBIDO Sin. Doente, enfermo; enervante; entermiço, doentio, malsão, morbífico, patológico: Pela própria receptividade mórbida do espírito torturado de reveses (E. Cunha).
FONTE: FERNANDES, Francisco. Dicionário de sinônimos e anônimos da Língua Portuguesa. São Paulo: Globo, 1991.
Por último, conheçam a obra da artista plástica britânica Jessica Harrison, ganhadora de diversos prêmios e com exposições-solo bem sucedidas. Ela faz das pequenas esculturas de louça uma peça com apelo mórbido e chocante.
FONTE: Site da Revisa ZUPI, uma das coisas boas dessa vida que vale a pena conhecer. Depois a gente fala mais sobre a Zupi aqui, prometo.
Literatura em 140 caracteres
Literatura em 140 caracteres
Vocês conhecem o Twitter? É aquele site onde todos escrevem em 140 caracteres, e tem provocado mais algumas mudanças na forma como nos comunicamos, interagimos, lidamos com a informação, com a arte, etc., etc., etc.
E pra provar nossa velha teoria de que na literatura não há limites, pois o homem sempre vai inventar um jeito de se adaptar às práticas sociais e às tecnologias do seu tempo para se expressar artisticamente através das palavras, eis aqui uma coletânea de autores que têm se atrevido a fazer literatura em 140 caracteres!
Duvida? Dá uma olhada nesses endereços aqui:
twitter.com/carpinejar
twitter.com/millorfernandes
twitter.com/ccalligaris
Fonte: 180 perfis que vale a pena você seguir no twitter
Ah, com um limite tão determinado para criar, quem é que diz que fazer soneto decassílabo é que é difícil???
Vocês conhecem o Twitter? É aquele site onde todos escrevem em 140 caracteres, e tem provocado mais algumas mudanças na forma como nos comunicamos, interagimos, lidamos com a informação, com a arte, etc., etc., etc.
E pra provar nossa velha teoria de que na literatura não há limites, pois o homem sempre vai inventar um jeito de se adaptar às práticas sociais e às tecnologias do seu tempo para se expressar artisticamente através das palavras, eis aqui uma coletânea de autores que têm se atrevido a fazer literatura em 140 caracteres!
Duvida? Dá uma olhada nesses endereços aqui:
twitter.com/carpinejar
twitter.com/millorfernandes
twitter.com/ccalligaris
Fonte: 180 perfis que vale a pena você seguir no twitter
Ah, com um limite tão determinado para criar, quem é que diz que fazer soneto decassílabo é que é difícil???
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Slides - 01 - Introdução ao Barroco
Slides da nossa primeira aula: Introdução ao Barroco
Para visualisar, clique aqui
Ou então copie o endereço abaixo e cole na janela do seu navegador
http://www.scribd.com/doc/36688273/Aula-01-Barroco
Ah, os próximos slides estarão numerados, pra facilitar a vida de todo mundo, ok?
Bjim!
:-)
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Professora, o que é... [I] LIRISMO?
Primeira seção do blog inauguradada: "Professora, o que é..."
Toda vez que uma pergunta desse tipo for feita em sala, vou tentar responder aqui com exemplos bacanas: textos, fotos, entrevistas, vídeos, etc., etc., etc.
Uma dúvida que sempre aparece na sala é sobre o conceito de LIRISMO.
O lirismo como tema na literatura aparece de várias formas, definindo temas, colorindo outros, imprimindo marca a determinados autores.
Assim como muita coisa na literatura, é difícil aceitar uma definição como perfeita.
Melhor mesmo é curtir cada vez mais "coisas líricas", como esse vídeo aqui:
Há, nessas cenas, vários elementos que podem ser considerados líricos. Quem se arrisca a dizer quais são?
Toda vez que uma pergunta desse tipo for feita em sala, vou tentar responder aqui com exemplos bacanas: textos, fotos, entrevistas, vídeos, etc., etc., etc.
Uma dúvida que sempre aparece na sala é sobre o conceito de LIRISMO.
O lirismo como tema na literatura aparece de várias formas, definindo temas, colorindo outros, imprimindo marca a determinados autores.
Assim como muita coisa na literatura, é difícil aceitar uma definição como perfeita.
Melhor mesmo é curtir cada vez mais "coisas líricas", como esse vídeo aqui:
Há, nessas cenas, vários elementos que podem ser considerados líricos. Quem se arrisca a dizer quais são?
Lista de exercícios
Clique aqui para imprimir a lista de exercícios do 3o bimestre!
Não viu o link? Olha ele aí, ó
http://www.scribd.com/doc/36646310
Lembrem-se de que a grande maioria das questões fechadas foi retirada dos principais vestibulares do país. Por isso, além de estudar, conhecer textos literários e abordagens diferentes das que trabalhamos em sala, vocês já estão se preparando para o vestibular!
Aos poucos o gabarito vai sendo divulgado aqui no blog, ok?
Divirtam-se!
Não viu o link? Olha ele aí, ó
http://www.scribd.com/doc/36646310
Lembrem-se de que a grande maioria das questões fechadas foi retirada dos principais vestibulares do país. Por isso, além de estudar, conhecer textos literários e abordagens diferentes das que trabalhamos em sala, vocês já estão se preparando para o vestibular!
Aos poucos o gabarito vai sendo divulgado aqui no blog, ok?
Divirtam-se!
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